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UE prepara mais sanções contra a Rússia

Violações de cessar-fogo comprometiam trégua decretada no leste da Ucrânia, enquanto a União Europeia prepara novas sanções contra a Rússia


	Prédios destruídos localizados perto de um posto do exército ucraniano em Mariupol
 (Philippe Desmazes/AFP)

Prédios destruídos localizados perto de um posto do exército ucraniano em Mariupol (Philippe Desmazes/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 10h48.

Mariupol - Os combates em Mariupol e as reiteradas violações do cessar-fogo em outras partes comprometiam nesta segunda-feira a trégua decretada no leste da Ucrânia, quando a União Europeia prepara novas sanções contra a Rússia.

A trégua entre o governo de Kiev e os rebeldes pró-russos anunciada na sexta-feira para pôr fim a cinco meses de combates que deixaram 2.600 mortos havia sido acolhida com extrema prudência pelas potências ocidentais e acabou se comprovando frágil.

Alegando que Moscou que mobilizou tropas na região, os 28 estados da União Europeia devem aprovar novas sanções econômicas contra a Rússia, medida que provavelmente entrará em vigor nesta terça-feira.

A Rússia já advertiu que vai responder a essa novas sanções, proibindo as companhias ocidentais de sobrevoar seu território nos trajetos entre a Europa e a Ásia.

As novas sanções deverão principalmente limitar o acesso aos mercados financeiros das companhias russas do setor petrolífero Rosneft e Transneft, assim como da filial petrolífera da Gazprom, indicaram fontes diplomáticas.

Devido ao fato de que estas três companhias têm mais de 50% de seu capital controlado pelo Estado russo, cumprem os critérios definidos para esta nova rodada de sanções econômicas contra a Rússia por seu envolvimento no conflito da Ucrânia, indicou uma fonte.

A UE resolveu em julho aplicar sanções econômicas contra a Rússia depois que um avião de passageiros foi derrubado na Ucrânia.

Em julho, a UE vedou o acesso de entidades públicas russas ao mercado de capitais europeus proibindo a todo cidadão ou empresa comunitária comprar títulos com um prazo superior a 90 dias.

A UE levará agora esta medida a um prazo máximo de 30 dias, limitando, assim, ainda mais o acesso dos bancos públicos russos a capitais.

Segundo Bruxelas, 31,72% do petróleo que a UE importou em 2013 é proveniente da Rússia, ou seja, 1,1 milhão de barris.

As novas sanções cobrem as mesmas áreas que as decididas em julho: restrição do acesso aos mercados financeiros, proibição de comercializar armamento, restrição de comércio das tecnologias de uso duplo - civil e militar -, restrição ao acesso de tecnologia para a exploração de petróleo não convencional (shale oil, extração em águas profundas, exploração no Ártico).

A nova rodada de sanções também acrescenta mais pessoas à lista de sancionados com proibição de visto à UE e congelamento de eventuais bens no território de algum país membro do bloco.

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