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UE precisa reforçar dados de inteligência, diz França

"Nós fomos atingidos juntos, nós responderemos juntos", disse ministro francês, Harlem Desir


	Ministro de Estado francês para Assuntos Europeus, Harlem Desir: "Nós fomos atingidos juntos, nós responderemos juntos"
 (Jean-Philippe Arles/ Reuters)

Ministro de Estado francês para Assuntos Europeus, Harlem Desir: "Nós fomos atingidos juntos, nós responderemos juntos" (Jean-Philippe Arles/ Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2015 às 10h41.

Bruxelas - A União Europeia precisa impulsionar a troca de informações policiais e judiciais, combater o tráfico de armas e o financiamento ao terrorismo e reforçar suas fronteiras, afirmou o ministro de Estado para Assuntos Europeus, Harlem Desir, nesta segunda-feira.

Ao chegar para uma reunião dos ministros das Relações Exteriores da UE em Bruxelas, Desir pediu uma resposta comum da Europa aos ataques terroristas em Paris, que deixaram pelo menos 129 mortos.

"Nós fomos atingidos juntos, nós responderemos juntos", disse ele. Cidadãos de Reino Unido, Suécia, Alemanha, Bélgica, Tunísia e Argélia estavam entre os mortos dos ataques da sexta-feira, acrescentou ele.

Desir disse que o bloco terá de dar respostas rápidas nos próximos dias, incluindo a implementação de medidas, como a troca de registros com os nomes dos passageiros, que enfrenta resistência dentro do bloco.

No fim de semana, a União Europeia anunciou uma reunião de ministros do Interior, para esta sexta-feira, para decidir sobre novos passos para combater os riscos de ataques terroristas.

Desir disse que é preciso reforçar a troca de informações entre as polícias e autoridades judiciais e também para impedir o tráfico de armas e o financiamento ao terrorismo no bloco.

Também pediu que a UE avalie a possibilidade de reforçar os controles fronteiriços, inclusive na chamada zona de livre tráfego de Schengen, dentro do bloco.

A chefe da política externa da UE, Federica Mogherini, disse que a violência em Paris foi um "ataque à civilização", que exigia uma ampla série de respostas. Ela pediu mais união, o compartilhamento de informações e da agenda política, dos esforços diplomáticos e "às vezes também dos esforços militares para lidar com esta ameaça".

O ministro das Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que a luta contra o Estado Islâmico precisa caminhar lado a lado com a diplomacia, para resolver o conflito na Síria.

No fim de semana, ministros das Relações Exteriores de cerca de 20 países se reuniram em Viena para tentar avançar em uma solução política para a guerra síria.

O grupo, que inclui EUA, França e Rússia e todos os principais atores regionais, disse que negociações formais entre o regime de Bashar al-Assad e a oposição precisam começar até 1º de janeiro.

O bloco dos ministros das Relações Exteriores discutirá a situação síria em um almoço nesta segunda-feira com o enviado sírio para a Organização das Nações Unidas, Staffan de Mistura.

O ministro belga das Relações Exteriores, Didier Reynders, disse que Bruxelas e Paris devem aprofundar a cooperação de inteligência.

Autoridades belgas detiveram no total sete pessoas no domingo por suposta relação com os ataque sem Paris, duas delas cidadãs francesas. Reynders disse que a cooperação com a França já é muito boa, mas a intenção é avançar mais. 

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