Mundo

UE planeja ajuda para a Ucrânia

Após semanas de protestos e a decisão do presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych, de aceitar a renúncia do seu governo


	Barricada erguida por manifestantes contrários ao governo, próximo ao local de confrontos com a polícia, em Kiev
 (Vasily Fedosenko/Reuters)

Barricada erguida por manifestantes contrários ao governo, próximo ao local de confrontos com a polícia, em Kiev (Vasily Fedosenko/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2014 às 14h33.

Munique - A União Europeia e os EUA estão trabalhando em um plano de assistência de curto prazo à Ucrânia, disse hoje a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton.

Segundo ela, a ajuda não dependerá de um acordo de maior prazo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Ofertas anteriores de ajuda europeia estavam condicionadas a um acordo do governo ucraniano com o FMI.

Ashton, que viajará para Kiev novamente nas próximas 48 horas, disse que o objetivo do programa de apoio será ajudar a Ucrânia a passar por um período de transição no qual um governo interino possa fazer reformas econômicas e políticas e preparar o terreno para eleições presidenciais.

Após semanas de protestos e a decisão do presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych, de aceitar a renúncia do seu governo, a oposição pressiona pela antecipação da eleição presidencial, prevista para o ano que vem.

Em entrevista ao Wall Street Journal, Ashton se distanciou desse pedido e afirmou que os políticos ucranianos precisam escolher a data da eleição. "Me parece que o que todos querem é um período de estabilidade e eleições livres e justas. Nesse período, a economia precisa estar bem e por isso precisamos pensar em que tipo de apoio podemos dar", disse ela.

Ashton explicou que o tamanho do pacote de ajuda ainda não foi definido, mas disse que ele não será pequeno pois existe "déficit orçamentário e outras questões que precisam ser resolvidas". Segundo ela, o pacote não será só dinheiro. "Pode incluir garantias, perspectivas de investimento", afirmou.

A diplomata disse não enxergar sinais de que os manifestantes, chamados pelo governo de "extremistas", estejam prestes a parar de pressionar o governo. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)EuropaPaíses ricosUcrâniaUnião Europeia

Mais de Mundo

Fretes entre China e EUA disparam com incerteza tarifária e alta demanda por embarques

ONU afirma que tiros israelenses durante visita de diplomatas na Cisjordânia são "inaceitáveis"

China critica diretrizes dos EUA que restringem uso global de chips avançados chineses

Governo Trump aceita avião dado de presente pelo Qatar que custa US$ 400 milhões