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UE pede trégua de 3 dias em Debaltsevo para evacuar civis

A cidade de Debaltsevo é o atual foco dos combates mais sangrentos na região oriental ucraniana de Donetsk

Mulher e criança saem de Debaltsevo: cidade sofre com inúmeros conflitos na província de Donetsk (Sergey Polezhaka/Reuters)

Mulher e criança saem de Debaltsevo: cidade sofre com inúmeros conflitos na província de Donetsk (Sergey Polezhaka/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2015 às 15h27.

Bruxelas - A União Europeia (UE) exigiu novamente nesta quarta-feira o fim da violência no leste da Ucrânia e se uniu à OSCE no pedido de uma trégua de três dias para a cidade de Debaltsevo, que sofre com inúmeros conflitos na província de Donetsk.

"Me junto ao pedido da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) para que se estabeleça imediatamente uma trégua mínima de três dias na área de Debaltsevo", disse a alta representante da UE para a Política Externa, Federica Mogherini, em comunicado.

A cidade de Debaltsevo é o atual foco dos combates mais sangrentos na região oriental ucraniana de Donetsk, e onde um hospital e edifícios próximos foram bombardeados, o que causou entre quatro e 15 mortes, segundo diversas fontes locais.

Milhares de pessoas abandonaram a cidade pela estrada, onde não há luz, água e aquecimento e vários civis e ativistas morreram ou foram feridos em ataques com mísseis durante a passagem dos comboios, segundo informaram as autoridades locais.

"O aumento da violência na Ucrânia oriental tem que parar", ressaltou Mogherini, que insistiu que os confrontos "provocados pela contínua ofensiva separatista, principalmente em Debaltsevo, estão causando um grande sofrimento humano e desgastando todos os esforços feitos para chegar a uma solução política".

A chefe da diplomacia europeia lembrou às partes que "atirar contra civis, onde quer que seja, é uma grave violação da lei humanitária internacional", e pediu a "retirada imediata da artilharia das zonas residenciais".

Ela lembrou que os habitantes da região ucraniana de Donbass já começaram a abandonar o local e que a crise humana se agrava de forma acelerada no período mais frio do ano.

"Os civis têm que sair da zona de conflito de maneira segura", ressaltou Mogherini.

Segundo ela, foi por isso que se juntou ao pedido da OSCE para que "todas as partes estabeleçam uma trégua temporária imediata de três dias em Debaltsevo".

O presidente rotativo da OSCE e ministro sérvio das Relações Exteriores, Ivica Dacic, pediu a trégua temporária na noite de ontem, em meio à grave deterioração da situação humana, e exigiu às partes que retomem as negociações para buscar uma saída pacífica à violenta crise entre Kiev e os separatistas pró-Rússia.

Dacic ressaltou que a trégua também deveria aproveitar "para reatar as negociações" e garantir um cessar-fogo sustentável, assim como a plena aplicação dos acordos de Minsk que, assinados em setembro de 2014, representam uma base para uma solução pacífica da crise.

Mais de 5.300 pessoas morreram no conflito no leste da Ucrânia desde abril de 2014, depois que a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia e começaram os confrontos no leste do país entre as forças de segurança e os separatistas pró-Rússia.

Desde então, a UE e outros países ocidentais impuseram a pessoas e instituições da Rússia e Ucrânia sanções econômicas e políticas por estarem envolvidas na desestabilização ucraniana.

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