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UE pede que Maduro suspenda Constituinte na Venezuela

Para o bloco, a convocação de uma nova constituição aumentará as tensões e a violência no país

Crise na Venezuela (Pilar Olivares/Reuters)

Crise na Venezuela (Pilar Olivares/Reuters)

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AFP

Publicado em 17 de julho de 2017 às 16h31.

A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, pediu nesta segunda-feira ao governo venezuelano que suspenda a convocatória para a Assembleia Constituinte, que ameaça aumentar as tensões e a violência no país.

"A violência já tirou muitas vidas e ameaça aumentar antes da Assembleia constituinte", advertiu Mogherini em uma conferência de imprensa em Bruxelas após uma reunião de ministros de Relações Exteriores do bloco.

"Uma ampla maioria da população parece claramente não respaldar a assembleia constituinte", observou. Sua convocatória "ameaça polarizar ainda mais o país e aumentar os confrontos", disse.

"Portanto pensamos que seria útil que o governo busque gestos políticos para reduzir as tensões, criar melhores condições para retomar o trabalho por uma solução negociada" da crise, acrescentou.

"Suspender o processo da Assembleia constituinte seria um gesto importante", sugeriu Mogherini.

Questionada sobre a possibilidade de sanções europeias contra a Venezuela, Mogherini indicou que "todas as opções estão sobre a mesa para considerações políticas".

Segundo a coalizão opositora venezuelana Mesa de la Unidad Democrática (MUD), cerca de 7,2 milhões de venezuelanos votaram no domingo em um plebiscito contra o presidente Nicolás Maduro e sua convocatória para uma Assembleia constituinte, cujos integrantes serão eleitos em 30 de julho.

As manifestações contra o governo de Nicolás Maduro, reprimidas, deixaram 96 mortos desde 1 de abril. No domingo, uma mulher morreu e outras três pessoas ficaram feridas em um ataque com armas de fogo contra opositores que votavam no plebiscito simbólico contra a Assembleia constituinte.

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