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UE pede a Moscou libertação "imediata" de piloto ucraniana

Encerra-se hoje, em Donetsk, o julgamento de Nadia, considerada responsável pela morte de dois jornalistas russos


	Piloto ucraniana: "Já não se trata apenas de um assunto judicial, ou político: agora, é uma questão de compaixão e de humanidade"
 (Reuters / Sergey Pivovarov)

Piloto ucraniana: "Já não se trata apenas de um assunto judicial, ou político: agora, é uma questão de compaixão e de humanidade" (Reuters / Sergey Pivovarov)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2016 às 08h34.

A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, pediu às autoridades russas, em nota divulgada nesta quarta-feira, que libertem "imediatamente e sem condições" a piloto ucraniana em greve de fome e de sede Nadia Savchenko.

"Já não se trata apenas de um assunto judicial, ou político: agora, é uma questão de compaixão e de humanidade. Seu estado de saúde se deteriora rapidamente, e todos tememos consequências dramáticas", declarou a representante da UE para as Relações Exteriores.

Encerra-se hoje, em Donetsk, o julgamento de Nadia, considerada responsável pela morte de dois jornalistas russos.

O tribunal pronunciará seu veredicto entre 21 e 22 de março, e a piloto pode ser condenada a 23 anos de prisão.

A Ucrânia exigiu nesta quarta-feira a libertação imediata de Savchenko.

"Exigimos da Rússia a libertação imediata de Nadia Savchenko e o fim desta farsa judicial", escreveu em sua conta no Twitter a porta-voz da diplomacia de Kiev, Mariana Betsa.

Nadia Savchenko já realizou uma greve de fome de 80 dias em 2015, em protesto contra sua detenção.

Segundo a acusação, a piloto transmitiu ao exército ucraniano a posição de dois jornalistas russos que morreram por um disparo de morteiro no leste da Ucrânia em 2014.

Presa desde julho de 2014, Savchenko nega estar envolvida nestas mortes e acusa os rebeldes pró-russos de tê-la capturado em território ucraniano para entregá-la às autoridades de Moscou.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, qualificou o julgamento de Savchenko de "ridículo" e exortou a Rússia a libertá-la imediatamente.

"Deve estar na Ucrânia, trabalhando com seus companheiros na Rada (parlamento) para construir um futuro melhor para o país. Pedimos à Rússia que a liberte de uma vez".

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