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UE não toma novas medidas contra dívida; mercado deve reagir

Após uma reunião de cinco horas, os 16 ministros da zona do euro não adotaram novas medidas para combater a crise de dívida

"Não temos novas decisões para anunciar", disse Jean-Claude Juncker, chairman do Eurogroup (Patrik Stollarz/Getty Images)

"Não temos novas decisões para anunciar", disse Jean-Claude Juncker, chairman do Eurogroup (Patrik Stollarz/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2010 às 06h59.

Bruxelas - Os ministros das Finanças da União Europeia se reuniam nesta terça-feira para discutir a economia do bloco, e os mercados devem reagir agressivamente à decisão da zona do euro de não adotar novas medidas para combater a crise de dívida.

Após uma reunião de cinco horas, os 16 ministros da zona do euro disseram que tomariam medidas adicionais para impedir o espalhamento da crise, dizendo que o fundo de emergência existente é grande o bastante e que a proposta de bônus conjuntos da zona do euro nem foi considerada.

"Nós não temos novas decisões para anunciar a vocês", declarou Jean-Claude Juncker, chairman do Eurogroup.

Os ministros concentraram suas discussões em Espanha e Portugal, falando com o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, sobre a situação econômica geral da Europa.

As conversas desta terça-feira envolverão todos os 27 ministros das Finanças da UE. A crise de dívida deve ter um papel importante nas discussões, mas outros assuntos também estão na agenda, como o Orçamento da UE, a coordenação econômica da região e o imposto sobre valor agregado.

Na reunião da zona do euro, a chanceler alemã, Angela Merkel, foi fortemente contra um fundo de resgate maior, opondo-se também à emissão de bônus da zona do euro. Outras autoridades também rejeitaram as propostas.

"Eu não vejo necessidade, neste momento, de aumentar o fundo", disse Merkel a jornalistas em Berlim. "Apenas uma porcentagem muito pequena dele foi usada."

Merkel foi apoiada pelo ministro das Finanças holandês, Jan Kees de Jager, que considerou prematuro discutir o que aconteceria se o fundo -- criado em maio após a Grécia receber um resgate de 110 bilhões de euros -- ficar sem dinheiro.

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