Mundo

UE: mercado de gás deve seguir apertado até 2025 em caso de corte da oferta russa

As importações de gás natural liquefeito (GNL) em longo prazo podem se tornar a principal fonte alternativa de fornecimento para a União Europeia

Já novos suprimentos de longo prazo de recursos de baixo custo podem substituir totalmente os suprimentos russos e reequilibrar o mercado a partir de 2026 (Getty Images/Getty Images)

Já novos suprimentos de longo prazo de recursos de baixo custo podem substituir totalmente os suprimentos russos e reequilibrar o mercado a partir de 2026 (Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de setembro de 2022 às 18h12.

Última atualização em 26 de setembro de 2022 às 19h34.

O mercado de gás na Europa permanecerá apertado até 2025 no caso de um corte total na oferta russa, à medida que fontes alternativas de fornecimento progressivamente se tornarem disponíveis, segundo estudo da Associação Internacional de Produtores de Gás e Petróleo (IOGP, na sigla em inglês).

Já novos suprimentos de longo prazo de recursos de baixo custo podem substituir totalmente os suprimentos russos e reequilibrar o mercado a partir de 2026, projeta a pesquisa.

As importações de gás natural liquefeito (GNL) em longo prazo podem se tornar a principal fonte alternativa de fornecimento para a União Europeia, além de recursos domésticos máximos e importações por gasodutos, afirma a IOGP.

"São necessários contratos de longo prazo para sustentar a capacidade de GNL, enquanto são necessários alguns ajustes na infraestrutura de gás europeia. Espera-se que o custo de desenvolvimento e fornecimento desses volumes alternativos para a Europa permita que os preços do gás europeu caiam para os níveis de expectativa pré-crise", projeta.

Receba as notícias mais relevantes do Brasil e do mundo toda manhã no seu e-mail. Cadastre-se na newsletter gratuita EXAME Desperta.

No curto prazo, pode-se esperar uma redução significativa da demanda em um ambiente de preços altos contínuos, à medida que as famílias e a indústria reduzem o consumo e mudam para energias alternativas, avalia. Os preços altos atraem cargas de GNL, incentivam a plena produção dos campos existentes na Europa e maximizam as importações de dutos de países vizinhos, aponta o estudo.

Entre as ações que a União Europeia pode tomar, a IOGP aponta que, embora o bloco possa facilitar o abastecimento de novos fornecimentos com países terceiros, os contratos devem continuar a ser celebrados entre os participantes no mercado em concorrência entre si. Além disso, é necessário enfrentar o gargalo de infraestrutura ausente da América do Norte para permitir totalmente as exportações de GNL para a Europa, avalia.

LEIA TAMBÉM:

Emirados Árabes Unidos fornecerá gás e diesel para Alemanha

Investidores vendem maciçamente títulos da dívida pública do Reino Unido e rentabilidade dispara

Acompanhe tudo sobre:Gás e combustíveisÓleo diesel

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'