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UE inclui em lista negra chefes da inteligência da Rússia

Com eles, já são 87 pessoas e 20 entidades proibidas pela UE de entrar em território comunitário e que tiveram seus ativos congelados


	Uma das salas do Tribunal de Direitos Humanos da União Europeia em Estrasburgo, França: inteligência russa na lista negra
 (Frederick Florin/AFP)

Uma das salas do Tribunal de Direitos Humanos da União Europeia em Estrasburgo, França: inteligência russa na lista negra (Frederick Florin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2014 às 08h49.

Bruxelas - Os países da União Europeia (UE) incluíram em sua lista negra de russos e ucranianos sancionados por ameaças à soberania e à estabilidade da Ucrânia, entre outros, os chefes dos serviços de inteligência da Rússia, publicou neste sábado o diário oficial da organização multilateral em seu site.

Mikhail Efimovich Fradkov, chefe do serviço de inteligência exterior da Federação Russa e Alexander Vasilievich Bortnikov, chefe do serviço de inteligência federal russo, estão entre as 15 pessoas e 18 entidades que foram adicionadas à lista.

Com eles, já são 87 pessoas e 20 entidades proibidas pela UE de entrar em território comunitário e que tiveram seus ativos congelados.

Os representantes europeus determinaram essas novas sanções em função de novos critérios que abrem a porta para punições contra 'pessoas e entidades que apoiem ativamente ou que se beneficiem das políticas russas responsáveis pela anexação da Crimeia e pela desestabilização do leste da Ucrânia', diz o documento oficial.

Também fazem parte da última série de incorporações dirigentes de regiões separatistas e líderes de movimentos que recrutaram pessoas para realizar a 'libertação' de alguns territórios ucranianos como Pavel Gubarev, autoproclamado como um dos líderes da 'República Popular de Donetsk'.

Entre as entidades se encontram precisamente várias organizações que encorajaram os movimentos separatistas pró-russos e recrutaram jovens através das redes sociais, identificadas pela UE como o chamado 'Exército do Sudeste' e a 'Guarda de Lugansk'.

Também foram incluídas algumas empresas a cargo de infraestruturas públicas que teriam se transferido para a Rússia, violando o direito ucraniano como as empresas estatais do porto de Kerch e Sebastopol.

Na lista aprovada em abril já constavam nomes como o do vice-primeiro-ministro russo Dmitri Rogozin, ex-embaixador de Moscou na Otan, além de Vladislav Surkov e Sergei Glaziev, assessores do presidente Vladimir Putin.

Em paralelo, os países da União Europeia deram ontem um novo passo contra Moscou e pediram que a Comissão Europeia (CE) preparasse projetos legislativos para impor sanções econômicas à Rússia por seu papel na crise ucraniana, que deverão ser analisados na próxima terça-feira.

Os embaixadores dos 28 países do bloco continuaram hoje o debate sobre os trabalhos pedidos à CE sobre a possível imposição de medidas restritivas à Rússia no âmbito econômico e de defesa.

Em comunicado, o presidente da Comissão, José Manuel Durão Barroso, disse que a proposta do Executivo 'é efetiva, bem dirigida e equilibrada' e dá 'flexibilidade para que sejam realizados ajustes'.

Barroso, que não deu mais detalhes sobre as medidas, lembrou que, em qualquer caso, 'a decisão final está nas mãos dos países'.

Além disso, ressaltou que 'as medidas não são um fim em si mesmo, mas um instrumento para a negociação de uma solução política para a crise'.

Barroso reivindicou que Putin, por sua vez, 'tome decisões para acabar com a violência e se comprometa genuinamente com um plano de paz'. EFE

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