Mundo

UE impõe um embargo de armas à República Centro-Africana

União Europeia proibiu a exportação de armas à República Centro-Africana (RCA), cumprindo uma resolução do Conselho de Segurança da ONU


	Mulher foge de disparo de arma de fogo em Bangui: embargo de armas cobre também a assistência financeira e técnica
 (Emmanuel Braun/Reuters)

Mulher foge de disparo de arma de fogo em Bangui: embargo de armas cobre também a assistência financeira e técnica (Emmanuel Braun/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2013 às 09h04.

Bruxelas - A União Europeia (UE) proibiu neste domingo a exportação de armas à República Centro-Africana (RCA), cumprindo uma resolução do Conselho de Segurança da ONU aprovada no último dia 5, quando foi autorizada a intervenção militar da França, com uma força armada africana, para restabelecer a ordem no país.

O embargo de armas cobre também a assistência financeira e técnica e os mercenários armados, informou o Conselho da UE, que aprovou a proibição mediante o procedimento por escrito.

A decisão inclui certas exceções para o material bélico destinado exclusivamente à Missão para a Consolidação da Paz na República Centro-Africana (Micopax), a Missão Africana de Apoio à República Centro-Africana (Misca) e as tropas francesas enviadas ao país, informaram os 28 países da zona do euro.

Na cúpula europeia dos dias 19 e 20, os líderes da UE acordaram que os ministros das Relações Exteriores do bloco estudem em janeiro opções para uma missão comunitária na República Centro-Africana, a partir das propostas que preparará nas próximas semanas a alta representante, Catherine Ashton.

A decisão responde principalmente às reivindicações de maior solidariedade por parte da França, que enviou ao país 1.600 soldados para apoiar as tropas africanas que buscam estabilizar o país.

Paris já recebe apoio logístico de vários parceiros, mas a transformação de sua missão em uma operação sob bandeira europeia lhe permitiria ter acesso ao financiamento comum, como reivindica o presidente francês, François Hollande.

Atualmente, Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Polônia, Espanha e Holanda dão à missão francesa instrumentos como aviões de transporte, enquanto a maioria dos Estados-membros deu seu apoio político à operação.

A crise da RCA começou em 24 de março, quando a capital foi tomada pelos rebeldes de Séléka, que tomaram o poder e se formou um governo liderado pelo líder insurgente, Michel Djotodia.

Os enfrentamentos entre partidários dos rebeldes de Séléka (muçulmanos) e as milícias de autodefesa cristãs "anti-balaka" estão causando um conflito religioso.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaConselho de Segurança da ONUEuropaUnião Europeia

Mais de Mundo

Casa Branca diz que prazo de julho para tarifas mais altas pode ser prorrogado

Os EUA afirmam que mantêm comunicação com Irã e que ambos estão 'em via diplomática'

Pentágono diz que ataque a instalações do Irã foi ponto alto de 15 anos de preparativos

China atinge RMB 20,6 trilhões em investimento estrangeiro e atrai multinacionais