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UE favoreceu especuladores e castigou Alemanha, diz estudo

Frankfurt - O escudo de proteção para o euro elaborado pelos ministros de Economia e Finanças da União Europeia (UE) com uma doação de 750 bilhões de euros "favorece os especuladores e danifica à Alemanha", segundo o instituto alemão de pesquisa econômica Ifo. Em uma análise publicada hoje, Ifo afirma que "não vê nenhum sinal […]

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2010 às 08h47.

Frankfurt - O escudo de proteção para o euro elaborado pelos ministros de Economia e Finanças da União Europeia (UE) com uma doação de 750 bilhões de euros "favorece os especuladores e danifica à Alemanha", segundo o instituto alemão de pesquisa econômica Ifo.

Em uma análise publicada hoje, Ifo afirma que "não vê nenhum sinal de suposta crise sistêmica que ameace ao euro" e considera infundado o temor que gera o retrocesso do euro nos mercados. De acordo com o instituto, apesar das quedas, a divisa européia está valorizada.

"A cotação correta estaria em torno dos US$ 1,14", sustenta Ifo. Por volta das 6h30 (Brasília), a moeda europeia estava cotada no mercado de divisas de Frankfurt a US$ 1,2391.

"O que está em perigo não é o euro, mas a capacidade dos devedores europeus de seguir financiando-se em condições tão favoráveis como as da Alemanha", declarou o presidente do Ifo e catedrático da Universidade de Munique, Hans-Werner Sinn.

Os analistas do Ifo sustentam que o plano de resgate aprovado pela UE para proteger a zona do euro de solvência e sua moeda do contágio da Grécia tem repercussões negativas no mercado de divisas.

"Os riscos para o euro aumentaram no mercado de divisas como consequência desse escudo de proteção porque agora todos os países estão em perigo", avalia o instituto e explica que a queda do euro começou com o anúncio em Bruxelas do plano.

"Antes dessa decisão, a pressão do mercado estava concentrada nos bônus dos países mais atingidos", acrescenta Ifo.

Em sua análise, Ifo lembra que desde a adoção da moeda única os países do sul da Europa se beneficiaram de juros favoráveis e financiaram de forma artificial sua explosão econômica.

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