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UE estuda duplicar a ajuda disponível a 1,5 trilhão de euros

Ministro belga defendeu a medida para encerrar dúvidas sobre a possibilidade da região se recuperar da crise

"Duplicar os recursos seria um objetivo razoável" disse o ministro belga Didier Reynders (AFP)

"Duplicar os recursos seria um objetivo razoável" disse o ministro belga Didier Reynders (AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2011 às 15h54.

Bruxelas - Os países da União Europeia (UE) mantêm conversações para tentar duplicar, eventualmente, a ajuda disponível para os Estados da zona do euro em dificuldades em até 1,5 trilhão de euros, informou nesta quinta-feira à AFP o ministro belga das Finanças, Didier Reynders.

"Duplicar os recursos seria um objetivo razoável", "seria o lógico", declarou Reynders, em referência ao fundo de resgate criado em maio passado pela zona do euro para ajudar os países da união monetária em risco de quebra.

Ouvido sobre se existem conversações entre os Estados europeus, o ministro respondeu positivamente, acrescentando que também a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu "começam a analisar a possibilidade".

Um aumento dos recursos do mecanismo é considerado necessário por muitos economistas, para tentar acabar definitivamente com a preocupação que abala desde o ano passado o mercado - a crise da dívida pública na zona euro (resgates da Grécia e Irlanda e ameaça a Portugal e Espanha).

Para ajudar à Grécia, os países da zona euro criaram um fundo de resgate de 440 bilhões de euros, completados por empréstimos de até 250 bilhões de euros do Fundo Monetário Internacional (FMI) e 60 bilhões de euros da Comissão Europeia - num total de 750 bilhões de euros (quase um trilhão de dólares).

Reynders mostrou-se favorável a dobrar o fundo de 440 bilhões de euros, composto de garantias de empréstimos, confiando em que o FMI e a Comissão também dobrariam seus aportes.

A Alemanha, até agora completamente contra a possibilidade, flexibilizou um pouco a posição nesta quinta-feira, mostrando-se aberta a um aumento da capacidade de empréstimo do fundo, sem pôr mais dinheiro sobre a mesa.

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