Mundo

UE endurece sanções contra Irã por violações de direitos

Mais 17 pessoas foram atingidas pelas punições e os castigos já existentes serão estendidos por mais um ano

Catherine Ashton: "deploramos o contínuo aumento das execuções e a repressão generalizada" (John Thys/AFP)

Catherine Ashton: "deploramos o contínuo aumento das execuções e a repressão generalizada" (John Thys/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2012 às 09h16.

Bruxelas- A União Europeia (UE) aprovou nesta sexta-feira sanções contra outras 17 pessoas consideradas responsáveis por violações de direitos humanos no Irã e decidiu estender por mais um ano os castigos já existentes por este motivo.

Com os novos nomes, um total de 78 indivíduos tem agora seus ativos congelados na Europa e não podem viajar para território comunitário por sua suposta participação em crimes e repressão.

Além disso, os ministros de Relações Exteriores da UE acordaram proibir a venda ao Irã de certos equipamentos de informática e software que possam ser usados pelas autoridades de Teerã para o controle de comunicações telefônicas e na internet.

'A UE continua profundamente preocupada pela deterioração da situação dos direitos humanos no Irã. Deploramos o contínuo aumento das execuções e a repressão generalizada', afirmou em comunicado a Alta Representante europeia, Catherine Ashton.

A chefe da diplomacia comunitária pediu às autoridades do país que 'cumpram com suas obrigações internacionais em matéria de direitos humanos e protejam todas as liberdades fundamentais'.

As decisões adotadas nesta sexta-feira serão publicadas no sábado no Diário Oficial da UE e serão válidas até abril do próximo ano.

Paralelamente, os ministros de Relações Exteriores também selaram a regulação que dará peso jurídico à dura rodada de sanções que impuseram ao Irã no mês de janeiro, neste caso, por seu programa nuclear.

No texto são incluídos todos os detalhes de aplicação das medidas, entre as quais está o embargo às importações de produtos petroleiros - que entra em vigor no dia 1º de julho - e as restrições impostas ao Banco Central iraniano.

Embora as sanções tenham total efeito a partir de sábado, finalmente os 27 - que demoraram dois meses para negociar o texto legal - introduziram algumas exceções temporárias para permitir que as seguradoras europeias possam continuar assistindo a petroleiros procedentes do Irã até que o embargo entre em vigor.

Em paralelo, a UE continua trabalhando em nome da comunidade internacional nos preparativos de uma rodada de diálogo com o Irã sobre o assunto atômico, a primeira desde janeiro de 2011.

Segundo disse Ashton nesta sexta-feira, uma data para o encontro será anunciada 'em breve'. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaIrã - PaísJustiçaUnião Europeia

Mais de Mundo

Relatório da ONU e ONGs venezuelanas denunciam intensificação de torturas nas prisões do país

Edmundo González, líder opositor venezuelano nega ter sido coagido pela Espanha a se exilar

A nova fase da guerra e a possível volta do horário de verão: o que você precisa saber hoje

Israel intensifica bombardeios no Líbano e guerra pode chegar a nova fase