Mundo

UE e Seul pedem que Pyongyang abandone programa nuclear

Ambos líderes pediram a Pyongyang que "cesse todas as atividades imediatamente, como requerem as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas"


	O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un: a Coreia do Norte anunciou hoje que voltou a operar o reator que abastece seu programa de armas atômicas
 (KCNA/Reuters)

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un: a Coreia do Norte anunciou hoje que voltou a operar o reator que abastece seu programa de armas atômicas (KCNA/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2015 às 09h24.

Seul - A União Europeia (UE) condenou nesta terça-feira o desenvolvimento do programa nuclear e de mísseis da Coreia do Norte e pediu a Pyongyang que cesse estas atividades, em uma declaração conjunta com a Coreia do Sul feita durante uma cúpula bilateral.

A presidente sul-coreana, Park Geun-hye, e o responsável do Conselho Europeu, Donald Tusk, se referiram assim ao último desafio lançado por Pyongyang à comunidade internacional, durante a oitava cúpula entre ambas as partes, realizada nesta terça-feira em Seul.

"Condenamos com firmeza o contínuo desenvolvimento por parte da Coreia do Norte de seu programa nuclear e do de mísseis, incluindo os projetos de enriquecimento de urânio e de lançamento de projéteis balísticos", disseram Park e Tusk em declaração conjunta.

Ambos líderes pediram a Pyongyang que "cesse todas as atividades relacionadas imediatamente, como requerem as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas".

A Coreia do Norte anunciou hoje que voltou a operar o reator que abastece seu programa de armas atômicas e que em breve porá em órbita um satélite com um projétil de longo alcance.

Por outra parte, o presidente do Conselho Europeu felicitou Park por seu papel na resolução da última crise entre as duas Coreias, e recalcou o apoio dos vinte E oito "a uma reunificação pacífica da península coreana".

A UE e Coreia do Sul acordaram, além disso, estreitar sua colaboração política em assuntos como a promoção dos direitos humanos, a luta contra o terrorismo, a mudança climática, a cooperação ao desenvolvimento e a não-proliferação de armas de destruição em massa.

Ambos os líderes também pactuaram reforçar seus intercâmbios em ciência e tecnologia, em particular em áreas como a nanotecnologia, a navegação por satélite, a pesquisa biomédica e as tecnologias da informação e da comunicação (como a tecnologia de telefonia celular 5G).

Além disso, ambas as partes anunciaram que buscarão "novas vias" para impulsionar seus intercâmbios econômicos sobre a base do acordo de livre-comércio em vigor desde julho desde 2011.

A UE é o máximo investidor exterior na Coreia do Sul, e seu terceiro maior parceiro comercial.

Em 2014, as exportações de bens europeus à quarta economia da Ásia somaram 43 bilhões de euros, enquanto as importações desde esse país chegaram a 39 bilhões de euros.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCoreia do NorteCoreia do SulEuropaONUUnião Europeia

Mais de Mundo

Colapso da rede elétrica em Cuba se agrava com chegada do furacão Oscar

Blinken viaja ao Oriente Médio em busca de acordo para encerrar guerra na Faixa de Gaza

Morre Fethullah Gülen, pregador muçulmano que Turquia culpa por tentativa de golpe em 2016

Ataque armado na Caxemira, sob controle da Índia, deixa sete mortos