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UE e FMI revisam condições do resgate econômico na Irlanda

Organizações estão revisando medidas adotadas pelo governo irlandês durante o último trimestre para cumprir as condições de seu resgate econômico

Programa de ajuda da UE e do FMI obriga Dublin a aplicar medidas de ajuste com o objetivo de economizar 3,6 bilhões de euros durante o próximo ano (Steve/Wikimedia Commons)

Programa de ajuda da UE e do FMI obriga Dublin a aplicar medidas de ajuste com o objetivo de economizar 3,6 bilhões de euros durante o próximo ano (Steve/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2011 às 07h45.

Dublin - Uma missão da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) iniciou nesta quarta-feira em Dublin uma revisão das medidas adotadas pelo Governo irlandês durante o último trimestre para cumprir as condições de seu resgate financeiro.

Esta é a terceira revisão trimestral que efetuam os dois organismos internacionais desde que em novembro passado o Executivo irlandês aceitou um pacote de ajuda avaliado em 85 bilhões de euros.

O resultado desta nova análise será apresentado em 14 de julho em um novo Memorando de Entendimento, que pontuará as bases da política econômica de Dublin para o trimestre seguinte.

Em abril, a missão da UE, FMI e Banco Central Europeu (BCE) na Irlanda concluiu que o país estava no caminho certo para cumprir as condições do resgate financeiro, para o qual o Governo irlandês contribui com 17,5 bilhões de euros de suas próprias reservas.

Segundo indicou nesta terça-feira o ministro de Finanças irlandês, Michael Noonan, o Executivo buscará agora renegociar alguns pontos do acordo com a UE e o FMI para poder "fazer ajustes diferentes" no Orçamento Geral de 2012.

O programa de ajuda da UE e do FMI obriga Dublin a aplicar medidas de ajuste com o objetivo de economizar 3,6 bilhões de euros durante o próximo ano, uma quantia que Noonan situa agora acima de 4 bilhões.

Noonan lembrou que as "agências internacionais" implicadas no resgate podem obter lucro de 9 bilhões de euros entre 2010 e 2015, quando a Irlanda deve concluir a devolução do empréstimo.

O ministro também insistiu que o fundo de ajuda não é uma "esmola", mas um empréstimo concedido a juros muito altos.

Neste sentido, Noonan se comprometeu a incluir em uma possível negociação a possibilidade de a Irlanda obter um rebaixamento da taxa de juros de 5,8%, que é considerada excessiva.

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