Diretor de clima da FAO considerou que os benefícios obtidos da atenuação dos efeitos do aquecimento global podem contribuir para reduzir a pobreza (Arquivo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2015 às 12h00.
Roma - Representantes da União Europeia (UE) e da Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) pediram nesta sexta-feira que a mudança climática seja combatida de maneira global e sem excluir os agricultores desse processo.
Em um ato realizado em Roma, ambas as partes se comprometeram a seguir trabalhando para conseguir um acordo entre todos os países na cúpula climática das Nações Unidas prevista em Paris no final deste ano com o objetivo de reduzir as emissões de gases do efeito estufa e limitar o aquecimento global a um máximo de dois graus centígrados.
O diretor de Clima da FAO, Martin Frick, ressaltou a necessidade de que a luta contra a mudança climática esteja unida ao combate da pobreza para ajudar os países em vias de desenvolvimento, que em alguns casos resistem a reduzir suas emissões ao estar em processo de transformação econômica.
"A mudança climática não pode ter um impacto na segurança alimentar", disse Frick, que acrescentou que é preciso incluir os agricultores nas negociações para chegar a um pacto.
Além disso, Frick considerou que os benefícios obtidos da atenuação dos efeitos do aquecimento global podem contribuir para reduzir a pobreza.
Por sua vez, o responsável de Cooperação Internacional da Comissão Europeia (CE), Roberto Aparicio, destacou a importância de impulsionar a adaptação dos pequenos agricultores à mudança climática para lutar ao mesmo tempo contra a pobreza.
Aparicio também disse que, entre 2014 e 2020, a Comissão destinará 8 bilhões de euros a 60 países para melhorar sua agricultura e sua segurança alimentar.
Os líderes da UE acordaram em outubro de 2015 reduzir para 2030 as emissões de gases do efeito estufa em pelo menos 40% para 1990 e que esse diminuição alcance 80% em 2050.