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UE desbloqueará ajuda imediata de € 17 milhões para a Tunísia

Órgão também negocia um apoio financeiro de € 258 milhões para ajudar o país africano e implementar a democracia

O primeiro-ministro da Tunísia, Mohamed Ghanuchi, negocia com a UE (Fethi Belaid/AFP)

O primeiro-ministro da Tunísia, Mohamed Ghanuchi, negocia com a UE (Fethi Belaid/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2011 às 16h22.

Túnis - A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, anunciou nesta segunda-feira na Tunísia que o bloco concederá uma ajuda imediata de 17 milhões de euros para o Governo de transição tunisiano e outra de 258 milhões de euros até 2013.

Em entrevista coletiva na capital depois de se reunir nesta segunda-feira com o primeiro-ministro tunisiano, Mohamed Ghannouchi, e outros dirigentes e líderes opositores do país, Catherine disse que a UE "agilizará" as negociações para conceder à Tunísia um "estatuto avançado" de associação.

"Espero que esse estatuto esteja pronto para ser ratificado pelo Governo escolhido nas eleições" da Tunísia, previstas para ocorrer dentro de seis meses, disse a representante europeia.

"A União Europeia está de todo coração por trás das aspirações do povo tunisiano pela liberdade e a democracia", afirmou e ressaltou que "todos os políticos e a sociedade civil devem continuar trabalhando juntos para uma eleição livre e democrática".

Catherine assinalou que havia mantido reuniões "muito construtivas" com Ghannouchi e com vários membros do Governo de transição, além de representantes da sociedade civil como a Liga Tunisiana de Defesa dos Direitos Humanos e de associações de mulheres.

"A democracia profunda só pode criar raízes e florescer com a implicação de uma ampla gama de ONG's e há muitas coisas que a UE pode fazer para apoiá-las", indicou e ressaltou que os 27 membros representam "o aliado mais potente do povo tunisiano no caminho para a democracia".

A alta representante para a Política Externa e de Segurança explicou que negociou com o Banco Europeu de Desenvolvimento para mobilizar até 1 bilhão de euros este ano para a região do sul do Mediterrâneo, "centrados principalmente na Tunísia".

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