Mundo

UE critica destituição de procuradora-geral na Venezuela

Bloco afirmou que a tomada de posse da Constituinte e a destituição da procuradora-geral dificultam a "volta pacífica à ordem democrática"

Federica Mogherini: "o Governo da Venezuela tem a responsabilidade de garantir o respeito da Constituição venezuelana" (Mladen Antonov/AFP)

Federica Mogherini: "o Governo da Venezuela tem a responsabilidade de garantir o respeito da Constituição venezuelana" (Mladen Antonov/AFP)

E

EFE

Publicado em 7 de agosto de 2017 às 08h58.

Bruxelas - A representante da União Europeia (UE) para a Política Exterior, Federica Mogherini, afirmou nesta segunda-feira que a tomada de posse da Assembleia Constituinte na Venezuela e a destituição da procuradora-geral, Luisa Ortega, dificultam a "volta pacífica à ordem democrática".

"A posse da Assembleia Constituinte e suas primeiras ações, incluindo a remoção de Luisa Ortega de seu posto no Ministério Público, debilitaram ainda mais as perspectivas de uma volta pacífica à ordem democrática na Venezuela", destacou uma porta-voz de Mogherini em um comunicado.

Além disso, "aumentou a polarização de uma sociedade já dividida", lamentou.

A porta-voz insistiu que "não há alternativa relacionada às instituições legítimas, à separação de poderes e ao direito dos cidadãos a expressarem livremente sua opinião política".

"O Governo da Venezuela tem a responsabilidade de garantir o respeito da Constituição venezuelana", disse, reiterando que a UE "chama todos os atores na Venezuela a trabalharem para instalar a confiança necessária para uma solução negociada da crise institucional".

A UE pediu ao presidente Nicolás Maduro que "libere urgentemente todos os prisioneiros políticos e garanta o respeito do Estado de Direito e os direitos humanos".

A União Europeia, destacou, "seguirá trabalhando com todos os parceiros, nacionais e internacionais, para garantir um apoio adequado a um retorno não violento à ordem democrática e uma solução aos apuros econômicos e sociais" nos quais se encontra o povo venezuelano.

Maduro defendeu neste domingo que a decisão da Assembleia Constituinte de remover a procuradora-geral era "necessária", ao mesmo tempo que defendeu a legalidade do órgão que reescreverá a Carta Magna venezuelana.

Os protestos da oposição a Maduro que começaram em abril causaram a morte de pelo menos 120 pessoas.

Acompanhe tudo sobre:Crise políticaNicolás MaduroUnião EuropeiaVenezuela

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado