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UE critica construção de novos assentamentos por Israel e pede apoio à Unesco

Crítica da UE acontece depois que os Estados Unidos anunciaram corte em recursos para a Unesco

União Europeia é contra o plano de construção de mais assentamentos por parte de Israel (David Vaaknin/ Getty Images)

União Europeia é contra o plano de construção de mais assentamentos por parte de Israel (David Vaaknin/ Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de novembro de 2011 às 13h50.

Bruxelas - A União Europeia (UE) criticou nesta quarta-feira os planos de Israel de construir novos assentamentos em resposta à entrada da Palestina na Unesco, e pediu que todos os países sigam apoiando à organização das Nações Unidas.

Após a votação que aprovou o ingresso da Palestina, os Estados Unidos anunciaram que iriam parar de enviar recursos à Unesco.

A chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, declarou em comunicado que está 'muito preocupada com a decisão israelense e lembrou que as colônias em Jerusalém Oriental e Cisjordânia 'são ilegais sob a legislação internacional' e 'um obstáculo para a paz'.

Catherine pediu que Israel desista das retaliações e convocou as duas partes a continuar seu compromisso com o Quarteto (grupo integrado pelos Estados Unidos, União Europeia, ONU e Rússia) para avançar nos esforços de paz.

Nesta terça-feira, Israel anunciou que acelerará a construção de duas mil novas casas em territórios ocupados e suspenderá temporariamente a transferência de fundos aos palestinos.

A entrada palestina na Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura dividiu os países da UE: cinco discordaram, onze apoiaram e outros onze que se abstiveram.

Um porta-voz da UE disse que a entidade pede que todos 'os países sigam apoiando a missão da Unesco na construção da paz, erradicação da pobreza, desenvolvimento sustentável e diálogo intercultural'.

Os Estados Unidos anunciaram na segunda-feira que cortarão os fundos que destinavam à organização. Washington tomou a decisão em cumprimento da legislação existente no país que obriga o governo a interromper o envio de recursos a qualquer agência da ONU que reconheça à Palestina antes da formalização de um acordo de paz. EFE

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