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UE classifica circunstâncias da morte de Khashoggi como "preocupantes"

Khashoggi foi visto pela última vez em 2 de outubro entrando no consulado da Arábia Saudita em Istambul

Khashoggi durante evento em Londres (Divulgação/Reuters)

Khashoggi durante evento em Londres (Divulgação/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de outubro de 2018 às 12h15.

A alta representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Federica Mogherini, destacou neste sábado que o "assassinato" do jornalista saudita Jamal Khashoggi está repleto de circunstâncias "profundamente preocupantes", depois que a Arábia Saudita admitiu que ele morreu no consulado do país em Istambul (Turquia).

"Depois de quase três semanas, os fatos finalmente estão aparecendo, confirmando que o jornalista saudita Jamal Khashoggi foi assassinado no consulado geral da Arábia Saudita em Istambul no dia 2 de outubro", afirmou Mogherini em comunicado.

Ela considerou as circunstâncias da morte da jornalista como "profundamente preocupantes", incluindo a "chocante violação da Convenção de Viena de 1963" sobre relações consulares e, em particular, o artigo 55.

"A União Europeia, assim como seus parceiros, insiste na necessidade de uma investigação exaustiva, crível e transparente, esclarecendo as circunstâncias do crime e garantindo a plena responsabilidade de todos os envolvidos", afirmou.

Ela enviou condolências em nome dos membros do bloco aos familiares e amigos de Khashoggi e destacou o trabalho do jornalista.

"Reafirmamos o nosso compromisso com a liberdade de imprensa e a proteção de jornalistas no mundo todo. A memória de Jamal Khashoggi, a família do jornalista e os seus amigos merecem justiça", acrescentou.

Khashoggi foi visto pela última vez em 2 de outubro entrando no consulado da Arábia Saudita em Istambul e, segundo o governo saudita, morreu de forma violenta, mas acidental, em um "enfrentamento físico".

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