Sede da União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica (Santiago Urquijo/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 8 de maio de 2024 às 15h47.
A União Europeia (UE) chegou a um acordo preliminar sobre o uso dos lucros de 210 bilhões de euros (US$ 225 bilhões) em ativos financeiros da Rússia para financiar ajuda militar e humanitárias para a Ucrânia. A medida ainda precisa ser votada e aprovada oficialmente por todos os 27 países-membros.
O acordo deve liberar até 3 bilhões de euros (US$ 3,2 bilhões) por ano para Kiev, dos quais 90% podem ser gastos em munição e outros equipamentos militares. Autoridades disseram que uma primeira parcela dos fundos poderia chegar a Kiev em julho.
O anúncio foi realizado oficialmente pela Bélgica, que detém a presidência do Conselho Europeu em 2024 e concentra a maior parte dos bens russos na Europa. "Embaixadores europeus concordaram em princípio com medidas relacionadas a receitas extraordinárias dos ativos russos imobilizados", destaca o comunicado publicado no X, antigo Twitter.
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen parabenizou a decisão, também por meio de publicação no X. "Não poderia haver um símbolo mais forte e um uso maior para esse dinheiro do que tornar a Ucrânia e toda a Europa um lugar mais seguro para se viver", escreveu.
Medidas para utilizar os ativos russos como apoio para a Ucrânia vêm sendo discutidas há meses, mas enfrentaram resistência de alguns países-membros do bloco, o que motivou a inclusão da cláusula que exige uso de pelo menos 10% dos fundos para suporte humanitário geral.