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UE chama para consultas embaixadores em Belarus

Os Estados-membros da UE convocarão também os embaixadores bielorrussos para que deem explicações sobre a decisão do governo de Minsk

O regime de Aleksandr Lukashenko decidiu reagir com dureza à última rodada de sanções aprovada pela Europa contra Belarus (China Photos/Getty Images)

O regime de Aleksandr Lukashenko decidiu reagir com dureza à última rodada de sanções aprovada pela Europa contra Belarus (China Photos/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2012 às 19h34.

Bruxelas - Os países da União Europeia (UE) decidiram nesta terça-feira chamar para consultas seus embaixadores em Belarus, considerada a última ditadura da Europa, em resposta às medidas diplomáticas tomadas pelas autoridades de Minsk após a última rodada de sanções aprovada pelo bloco europeu.

'Como expressão de solidariedade e unidade, decidiu-se retirar para consultas os embaixadores dos países-membros da UE destacados em Minsk', explicou a alta representante de Política Externa e Segurança Comum do bloco, Catherine Ashton, após uma reunião dos representantes diplomáticos dos 27 países-membros em Bruxelas.

Os Estados-membros da UE convocarão também os embaixadores bielorrussos a seus respectivos ministérios das Relações Exteriores para que deem explicações sobre a decisão do governo de Minsk, que nesta terça-feira chamou para consultas seus embaixadores na UE e na Polônia e convidou os enviados do bloco e de Varsóvia a abandonarem Belarus.

'Depois da decisão das autoridades bielorrussas, decidi, em coordenação com o ministro das Relações Exteriores (da Polônia, Radoslaw) Sikorski, chamar para consultas nossos dois embaixadores', indicou a chefe da diplomacia da UE em comunicado. Ashton disse ainda que a UE 'continuará acompanhando de perto a situação' em Belarus.


O regime de Aleksandr Lukashenko decidiu reagir com dureza à última rodada de sanções aprovada pela Europa contra Belarus, na qual se adotaram medidas contra 19 juízes e dois policiais envolvidos na repressão contra a oposição.

Estes se somam aos mais de 200 bielorrussos que já figuram na 'lista negra' europeia, pela qual se congelam bens e se proíbe viajar para território do bloco.

A UE exige a libertação de todos os opositores detidos e presos após os distúrbios que eclodiram em Minsk em 19 de dezembro de 2010 quando a oposição saiu às ruas para denunciar fraude nas eleições presidenciais.

Três candidatos presidenciais, Nikolay Stankevich, Dzmitry Us e Andrei Sannikov, foram condenados a penas que vão de cinco anos a cinco anos e meio de prisão por organizar distúrbios maciços.

O presidente bielorrusso, no poder desde 1994, acusou a UE de tentar 'humilhar' Belarus. 

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