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UE aumenta ajuda humanitária para a Síria pós-Assad

Bloco econômico define esses fundos em períodos de dois anos e já comprometeu 2,1 bilhões euros

Carreata em comemoração à derrubada de Bashar al Assad em 15 de março de 2025 no centro da Síria (AFP)

Carreata em comemoração à derrubada de Bashar al Assad em 15 de março de 2025 no centro da Síria (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 17 de março de 2025 às 14h33.

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A União Europeia prometeu, nesta segunda-feira, 17, aumentar a ajuda humanitária aos cidadãos sírios como forma de apoiar a transição do país após a queda do governo de Bashar al Assad.

"Os sírios precisam de mais apoio, estejam eles no exterior ou os que optem por voltar para casa", disse a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, durante uma conferência internacional de doadores em Bruxelas.

"É por isso que hoje a UE está aumentando sua promessa aos sírios no país e na região para quase 2,5 bilhões euros (R$ 16 bilhões) para 2025 e 2026", acrescentou.

A UE define esses fundos em períodos de dois anos e já comprometeu 2,1 bilhões euros (R$ 13 bilhões).

Em seu discurso, o ministro interino das Relações Exteriores da Síria, Assad al-Shibani, expressou sua gratidão pela conferência e pediu o levantamento de novas sanções que foram impostas ao seu país durante o governo Assad.

Essas sanções foram impostas "ao antigo regime, portanto estamos sendo punidos por algo que não fizemos. Acreditamos que é uma necessidade moral e humanitária", disse.

Após a queda de Assad no final do ano passado, a UE iniciou uma tentativa de reaproximação com a nova potência síria, suspendendo até mesmo algumas das sanções adotadas pelo bloco.

Porém, um recrudescimento da violência este mês reabriu a discussão sobre a confiança nas novas autoridades sírias.

Esforço contínuo

A UE realiza conferências de doadores para a Síria há oito anos, embora as edições anteriores tenham buscado principalmente apoiar centenas de milhares de refugiados e pessoas deslocadas pela violência no país.

Nesta segunda-feira, a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbok, disse que seu governo havia prometido doar 300 milhões de euros (R$ 1,9 bilhão) para apoiar a população síria.

O chefe da diplomacia espanhol, José Manuel Albares, afirmou que Madri fornecerá "quase 10 milhões de euros (R$ 64,2 milhões) em ajuda humanitária".

As necessidades da Síria são imensas, já que grande parte do país está literalmente em ruínas e a economia foi devastada por anos de isolamento internacional após a repressão de Assad à oposição em 2011, o que desencadeou uma guerra civil de quase 14 anos.

A ONU estimou que, nas atuais taxas de crescimento econômico, a Síria precisará de mais de 50 anos para retornar ao nível anterior à guerra civil.

No evento do ano passado, a conferência internacional de doadores arrecadou 7,5 bilhões de euros (R$ 48 bilhões, na época) em subsídios e empréstimos.

Este ano, no entanto, esse esforço pode ser comprometido pela redução drástica nos programas de ajuda internacional dos Estados Unidos.

Autoridades da UE disseram que a conferência de Bruxelas incluirá um representante do governo americano.

Até agora, Washington vinha sendo o maior doador individual para esforços humanitários na Síria, segundo a ONU.

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