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UE adverte contra reconhecimentos unilaterais dos rebeldes líbios

Declaração ocorre logo depois da França anunciar apoio aos rebeles; UE quer esperar reconhecimento pela Liga Árabe e ONU antes de tomar posição

Catherine Ashton chefe da diplomacia da UE, pediu coesão ao bloco (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Catherine Ashton chefe da diplomacia da UE, pediu coesão ao bloco (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2011 às 18h31.

Bruxelas - A alta representante da União Europeia (UE), Catherine Ashton, advertiu nesta quinta-feira aos países comunitários sobre um reconhecimento unilateral dos rebeldes líbios sem coordenação comunitária e uma decisão prévia da Liga Árabe.

Ashton explicou na reunião de ministros de Exteriores da UE que debateu o conflito líbio que "não deve ter reconhecimentos unilaterais" do Conselho Nacional de Transição líbio (CNT), segundo indicaram fontes diplomáticas após a discussão.

Qualquer decisão deste tipo "deve ser liderada pela Liga Árabe e depois pela ONU, e depois ser coordenada dentro da UE", acrescentou a fonte citando Ashton.

A responsável da diplomacia comunitária, que na quarta-feira se reuniu em Estrasburgo (França) com dois enviados do CNT, fez desta declaração pouco depois que França anunciasse que reconhecerá aos rebeldes desse grupo como "representantes únicos" do povo líbio.

O reconhecimento do CNT "foi discutido amplamente", ressaltou a fonte comunitária, que declarou que o diretor do serviço diplomático da UE, Pierre Vimont, mantém contatos com o secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa, sobre esta questão.

O ministro de Exteriores britânico, William Hague, se limitou a assinalar após a reunião que os integrantes do CNT são "gente com a qual se pode falar", mas alertou que "reconhecemos estados, não Governos".

Em todo caso, Ashton insistiu que a ação comunitária na Líbia "deve ser feita com coordenação total da UE.

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