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Ucranianos e separatistas se acusam de violar cessar-fogo

Segundo comando ucraniano, ontem pela tarde os separatistas atacaram em 33 ocasiões as posições das tropas governamentais


	Soldado ucraniano: nos 19 meses de conflito no leste da Ucrânia morreram mais de 8 mil pessoas, entre civis e combatentes
 (Oleksandr Klymenko/Reuters)

Soldado ucraniano: nos 19 meses de conflito no leste da Ucrânia morreram mais de 8 mil pessoas, entre civis e combatentes (Oleksandr Klymenko/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2015 às 08h35.

Kiev - Os militares ucranianos e as milícias separatistas pró-russas que atuam nas regiões orientais da Ucrânia se acusaram nesta terça-feira mutuamente de violar o cessar-fogo que rege na zona do conflito.

Segundo uma parte do comando ucraniano, ontem pela tarde os separatistas atacaram em 33 ocasiões as posições das tropas governamentais.

A maioria dos ataques, nos quais as milícias empregaram lança-granadas, metralhadores pesadas e morteiros de 82 milímetros, aconteceu ao norte da cidade de Donetsk.

O comunicado militar, que não informa sobre baixas entre os soldados ucranianos, destaca o uso pelos "terroristas" de morteiros, armamento que segundo o plano de regulação do conflito devia ter sido afastado pelo menos a 15 quilômetros da linha de separação de forças.

Além disso, o comando ucraniano indicou que detectou uma coluna de 20 carros de combate em Donetsk e outros quatro na cidade de Marinka, em flagrante violação de acordos para criar uma zona de segurança de 30 quilômetros de profundidade ao longo de toda a linha da frente.

Enquanto isso, a chefia das milícias pró-russas denunciou hoje que a tropas ucranianas bombardearam durante nove horas com fogo de morteiros de 82 e 120 milímetros o subúrbio norte de Donetsk, incluída a zona de seu aeroporto.

A agência de notícias dos separatistas de Donetsk informou que por enquanto se desconhece se os bombardeios causaram vítimas.

Segundo os últimos dados da ONU, nos 19 meses de conflito no leste da Ucrânia morreram mais de 8 mil pessoas, entre civis e combatentes.

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