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Ucrânia segue financiando a Crimeia, diz primeiro-ministro

Primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, afirmou que governo continua cumprindo suas obrigações financeiras com a república da Crimeia

Arseni Yatseniuk, primeiro-ministro interino da Ucrânia: "nos dois últimos dias, transferimos ao território da república autônoma da Crimeia US$ 6 milhões" (Konstantin Chernichkin/AFP)

Arseni Yatseniuk, primeiro-ministro interino da Ucrânia: "nos dois últimos dias, transferimos ao território da república autônoma da Crimeia US$ 6 milhões" (Konstantin Chernichkin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 14h26.

Kiev - O primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, afirmou nesta quarta-feira que o governo do país, mesmo diante da agressão militar russa e das dificuldades econômicas, continua cumprindo suas obrigações financeiras com a república autônoma da Crimeia.

"Nos dois últimos dias, transferimos ao território da república autônoma da Crimeia US$ 6 milhões para cobrir despesas sociais", declarou Yatseniuk ao iniciar uma reunião do gabinete de ministros.

Segundo Yatseniuk, apesar de ser autônoma, a república da Crimeia - povoada majoritariamente por russoparlantes - possui uma enorme dívida relacionada ao setor energético, tendo em vista que o Executivo continua garantindo as provisões à Crimeia.

Yatseniuk assinalou que a intervenção militar russa na Crimeia também arruinou a temporada turística na península, o principal balneário da Ucrânia.

"Depois que os militares e os tanques russos apareceram na Crimeia, acho que não haverá temporada turística, e isso significa que não teremos receitas adicionais", indicou.

Por conta desta situação, explicou o chefe do Governo, seremos obrigados a realizar ajustes orçamentários.

"Teremos que ajudar e aumentar o volume de financiamento para manter os programas sociais na Crimeia", acrescentou.

Há uma semana, ao assumir a chefia do gabinete de ministros, Yatseniuk advertiu que o estado da economia da Ucrânia é "catastrófico" e que os cofres do país tinham sido saqueados pelo regime do deposto presidente Viktor Yanukovich.

Segundo as novas autoridades, a Ucrânia necessitará US$ 35 bilhões nos dois próximos anos para recuperar sua economia e empreender as reformas que necessita.

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