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Ucrânia registra grande deslocamento interno

Desde o início da crise política, quase 10 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas cidades na Ucrânia

Tártaros provenientes da Crimeia: maioria dos deslocados segue para o centro do país (Yuriy Dyachyshyn/AFP)

Tártaros provenientes da Crimeia: maioria dos deslocados segue para o centro do país (Yuriy Dyachyshyn/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2014 às 08h49.

Genebra - Quase 10.000 pessoas, em sua maioria tártaros, foram obrigadas a deixar suas cidades na Ucrânia, advertiu nesta terça-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), que destaca que os deslocamentos começaram antes do referendo de março sobre a Crimeia.

"A Acnur observa na Ucrânia um aumento contínuo e sólido dos deslocamentos internos, que afeta quase 10.000 pessoas. Pelo menos um terço dos deslocados são crianças", declarou o porta-voz da agência, Adrian Edwards.

"A maioria dos deslocados é de tártaros, mas as autoridades locais também apontaram um recente aumento dos registros de pessoas de etnia ucraniana, russa e de famílias mistas", completou o porta-voz.

"A situação no leste provoca claramente deslocamentos", disse.

A maioria dos deslocados segue para o centro do país (45%) ou para o oeste (26%), segundo os números do Acnur.

Os afetados afirmam que fugiram porque eram ameaçados ou sentiam medo, destaca o Acnur. Edwards afirmou, no entanto, que a ONU ainda não tem uma imagem clara da identidade das pessoas que ameaçam a população.

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