Mundo

Ucrânia reclama falta de financiamento para desativar Chernobyl

Governo disponibilizou apenas metade da verba necessária para transformar a área da usina em um local seguro

A usina nuclear de Chernobyl, palco do maior acidente nuclear da história (Getty Images)

A usina nuclear de Chernobyl, palco do maior acidente nuclear da história (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2011 às 09h01.

Kiev - A agência estatal ucraniana encarregada de administrar a zona de exclusão que rodeia a usina nuclear de Chernobyl denunciou nesta quarta-feira no Parlamento a falta de financiamento para desativar definitivamente a central.

"A crônica falta de financiamento impede que se completem os trabalhos de desativação da usina e dificulta o cumprimento dos programas internacionais", afirmou o chefe da agência, segundo a imprensa ucraniana.

Ele expôs aos deputados da Rada Suprema (legislativo ucraniano) que a execução dos programas para converter a usina em uma área ecológica segura exige este ano um financiamento de US$ 125 milhões.

No entanto, ele ressaltou que o orçamento estatal só contempla a metade dessa quantia, o que estenderá os prazos de funcionamento da central e aumentará o perigo de escapamentos radioativos.

Ao mesmo tempo, destacou que a construção de uma usina para o processamento do combustível atômico da central avança a bom ritmo.

O dinheiro necessário para esse projeto foi doado por organizações internacionais.

Em breve será realizado o concurso de licitação para a construção de uma fábrica para o processamento de resíduos radioativos líquidos.

No total, foram completadas 16 das 22 etapas necessários para transformar a zona de Chernobyl em um lugar seguro para a população.

Esta semana o último dirigente da União Soviética, Mikhail Gorbachev, descartou a possibilidade de ocorrer uma catástrofe similar à sucedida em Chernobyl na usina nuclear japonesa de Fukushima.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o acidente em Chernobyl fez com que pelo menos cinco milhões de pessoas entraram em contato com a radiação em Ucrânia, Rússia e Belarus.

A Ucrânia se propõe a desativar totalmente a usina e o território adjacente até 2018.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-nuclearesChernobylEuropaUsinas nucleares

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'