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Ucrânia permite que soldados usem armas após morte

Até agora, as forças mobilizadas na península do Mar Negro tinham sido alertadas para evitar o uso de armas contra ataques


	Um membro de uma unidade pró-Rússia de autodefesa profere um juramento no governo regional da Crimeia em Simferopol
 (Vasily Fedosenko/Reuters)

Um membro de uma unidade pró-Rússia de autodefesa profere um juramento no governo regional da Crimeia em Simferopol (Vasily Fedosenko/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2014 às 20h56.

Kiev - A Ucrânia emitiu ordens nesta terça-feira permitindo que seus soldados na Crimeia usem armas para proteger suas vidas, depois que um soldado ucraniano foi morto num ataque a uma base militar, informou o serviço de imprensa do presidente interino, Oleksander Turchinov.

Até agora, as forças mobilizadas na península do Mar Negro, tomada há três semanas por forças russas, tinham sido alertadas para evitar o uso de armas contra ataques.

Mas uma ordem do Ministério da Defesa emitida após o incidente, afirma: "em conexão com a morte de um militar ucraniano... tropas ucranianas na Crimeia foram autorizadas a usar armas para defender e proteger a vida dos militares ucranianos." Um integrante das Forças Armadas da Ucrânia foi morto em uma base ucraniana que sofreu um ataque na principal cidade da Crimeia, Simferopol, a primeira morte resultante de um confronto militar na península desde que a região foi tomada pelos russos.

Assim que a notícia da morte do funcionário se espalhou, o primeiro-ministro ucraniano, Arseny Yatseniuk, pró-Ocidente, denunciou o fato como um "crime de guerra" e pediu conversas internacionais para evitar uma escalada do conflito.

Nesta terça-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, desafiando protestos ucranianos e sanções ocidentais, assinou um tratado anexando a Crimeia à Rússia, mas afirmou não ter planos para controlar outras regiões da Ucrânia.

Putin disse que o referendo da Crimeia sobre a adesão à Rússia, no domingo, realizado sob ocupação militar russa, havia demonstrado a vontade esmagadora das pessoas de se unirem à Rússia, após 60 anos como parte da República ucraniana.

Segundo líderes da Crimeia, 97 por cento dos eleitores aprovaram a separação da região da Ucrânia.

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