Mundo

Ucrânia pede que Assembleia declare inválida secessão

País divulgou projeto que declara inválido o recente referendo da Crimeia aprovando a anexação da região à Rússia


	Habitantes da Crimeia comemoram em Simferopol resultado de referendo
 (Dimitar Dilkoff/AFP)

Habitantes da Crimeia comemoram em Simferopol resultado de referendo (Dimitar Dilkoff/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 21h47.

Nações Unidas - A Ucrânia divulgou um projeto de resolução para a Assembleia-Geral da ONU que declara inválido o recente referendo da Crimeia aprovando a anexação da região à Rússia, um documento que repete os termos de um texto vetado no início deste mês pela Rússia no Conselho de Segurança.

O novo texto, que diplomatas da ONU disseram que a Ucrânia distribuiu aos 193 países-membros no fim de semana, rejeita o referendo como "não tendo validade" e diz ainda que "não pode servir de base para qualquer alteração do estatuto da República Autônoma da Crimeia ou da cidade de Sebastopol".

Se aprovada pela Assembleia-Geral, a resolução não seria de cumprimento obrigatório, mas poderia enviar uma mensagem política forte sobre a falta de um amplo apoio à Rússia na questão da Crimeia, se os ucranianos garantirem uma forte maioria a seu favor, disseram à Reuters diplomatas ocidentais.

A Assembleia deve se reunir para tratar da crise da Ucrânia na quinta-feira, quando o texto deve ir a votação. O objetivo da resolução, disseram diplomatas da ONU, é isolar ainda mais Moscou ao mesmo tempo em que Estados Unidos e Europa alertam para a possibilidade de sanções econômicas prejudiciais contra a Rússia.

A delegação russa vetou uma resolução do Conselho de Segurança que dizia que o referendo da Crimeia "não teria validade", em uma sessão de emergência realizada no dia anterior à votação do dia 16 de março na Crimeia. Os eleitores da Crimeia votaram em esmagadora maioria para que a província deixasse a Ucrânia e se tornasse parte da Rússia.

Ao contrário da Assembleia-Geral, as decisões do Conselho de Segurança são juridicamente obrigatórias.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrimeiaCrise políticaEuropaONURússiaUcrânia

Mais de Mundo

Eleições na Irlanda: três partidos têm chance de vitória na disputa desta sexta

Presidente do México diz que “não haverá guerra tarifária” com EUA por causa de Trump

Austrália proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais

Putin ameaça usar míssil balístico de capacidade nuclear para bombardear Ucrânia