Mundo

Ucrânia não se resigna a aceitar perda da Crimeia

O presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, afirmou que seu país não se resigna a aceitar a perda da Crimeia


	O presidente interino da Ucrânia, Aleksander Turchinov: "a Ucrânia nunca se resignará a aceitar a ocupação de seu território e fará todo o possível para sua libertação"
 (Alex Kuzmin/Reuters)

O presidente interino da Ucrânia, Aleksander Turchinov: "a Ucrânia nunca se resignará a aceitar a ocupação de seu território e fará todo o possível para sua libertação" (Alex Kuzmin/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 13h57.

Kiev - O presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, afirmou nesta sexta-feira que seu país não se resigna a aceitar a perda da Crimeia, depois que o presidente russo, Vladimir Putin, promulgou hoje a incorporação da península à Rússia.

"A Ucrânia nunca se resignará a aceitar a ocupação de seu território e fará todo o possível para sua libertação", disse Turchinov em entrevista coletiva ao lado do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Turchinov ressaltou que Kiev está disposto a solucionar o conflito na Crimeia apenas através dos meios pacíficos e com a mediação da ONU, após a proposta da criação de uma zona desmilitarizada.

"Quando os soldados de ambos os grupos abandonarem a Crimeia, os problemas serão resolvidos exclusivamente por meios pacíficos", apontou.

Além disso,Turchinov pediu à ONU que envie uma missão de observadores à península banhada pelo Mar Negro.

"Isto é especialmente importante em uma situação na qual diariamente há provocações contra os militares ucranianos que cumprem o dever constitucional na Crimeia", disse.

Ban advogou pelo diálogo entre Ucrânia e Rússia, e chamou ambas as partes a se abster da retórica hostil e das provocações.

"A atual crise só se pode ser resolvida pela via pacífica e diplomática, apoiando-se nos princípios da Carta da ONU: a soberania e a integridade territorial", disse.

O secretário-geral da ONU reconheceu sua preocupação com o fato de que a resolução apresentada pelas potências ocidentais sobre a Crimeia foram vetada pela Rússia.

"Insisto que a Ucrânia e Rússia entabulem um diálogo direto. Quanto mais dilatado por este diálogo, a solução da crise cada vez mais se afastará", assinalou.

Ban ressaltou que "não pode prever os próximos passos ou reações de Putin", mas chamou toda a comunidade internacional a evitar que o atual conflito passe de regional a global.

Com relação ao diálogo, Turchinov ressaltou que Kiev está disposta a mantê-lo em qualquer formato, mas sempre que Moscou retire suas tropas da Crimeia.

Putin promulgou hoje a incorporação da República da Crimeia e do porto de Sebastopol à Rússia, depois que ambas as câmaras do parlamento russo ratificaram na quinta-feira e sexta-feira as leis correspondentes.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrimeiaCrise políticaEuropaRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Chefe de segurança da usina nuclear de Zaporizhzhya morre em ataque com carro-bomba

Quem é Safieddine, potencial líder do Hezbollah supostamente alvo de ataques israelenses em Beirute?

Ministro das Relações Exteriores do Irã declara apoio ao Hezbollah durante viagem ao Líbano

Ação de nossas forças foi completamente legal e legitima, diz líder Supremo do Irã