Soldado das forças da Ucrânia: serão abordados aspectos humanitários, como a troca de prisioneiros de guerra, enquanto não são esperados avanços em matéria política (Reuters)
Da Redação
Publicado em 8 de setembro de 2015 às 10h06.
Moscou - Ucrânia e os separatistas pró-Rússia retomam nesta terça-feira a portas fechadas as negociações de paz em Minsk no meio de uma nova trégua que é respeitada por ambos os grupos há mais de uma semana.
O principal assunto sobre a mesa é a retirada do armamento de menos de 100 milímetros de calibre da zona de separação de forças, ponto que Kiev e os rebeldes negociam sem sucesso há mais de um mês.
Além disso, serão abordados aspectos humanitários, como a troca de prisioneiros de guerra, enquanto não são esperados avanços em matéria política, embora o parlamento ucraniano já tenha dado sinal verde à descentralização.
No plano econômico, os rebeldes, que controlam a maioria de minas nas regiões de Donetsk e Lugansk, retomaram hoje a provisão de carvão com destino ao resto da Ucrânia.
Tanto o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, como o Kremlin elogiaram que ambos os grupos estejam respeitando a cessação do fogo declarada no final de agosto com ocasião do início do ano letivo em 1 de setembro.
O Kremlin antecipou hoje que os líderes da Rússia, Ucrânia, Alemanha e França manterão em breve uma conversa telefônica na qual poderiam acordar a data e a sede de uma nova reunião.
Por outro lado, as autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk não desistem de realizar eleições separatistas em seus territórios à margem da legislação eleitoral da Ucrânia, que convocou pleito municipais para 25 de outubro.
O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Pavel Klimkin, garantiu ontem ao se reunir com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, que as eleições separatistas ameaçam prejudicar as negociações de paz.