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Ucrânia diz que por enquanto não vai recuar todo o armamento

Separatistas pró-Rússia, no entanto, disseram que concluíram a retirada de armamento de grande calibre em 1º de março


	Apesar da relativa calma, Kiev e os milicianos pró-Rússia se acusam todos os dias de contínuas violações do cessar-fogo
 (Anatolii Stepanov/AFP)

Apesar da relativa calma, Kiev e os milicianos pró-Rússia se acusam todos os dias de contínuas violações do cessar-fogo (Anatolii Stepanov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2015 às 11h25.

Kiev - As autoridades da Ucrânia anunciaram nesta segunda-feira que não vão retirar todo seu armamento pesado da linha de combate que separa o exército das milícias pró-Rússia até a OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) confirmar que os rebeldes recuaram suas armas.

"Não vamos deixar desguarnecidas nossas posições na frente, esperamos que o inimigo demonstre que realmente recuou" seu armamento, como determina o acordo de paz assinado em Minsk em 12 de fevereiro, disse o porta-voz do comando militar ucraniano, Andrei Lisenko.

O coronel ucraniano afirmou que "as tropas governamentais já completaram quatro fases de retirada do armamento sob a supervisão da OSCE", sem contar ainda com "a confirmação de que o lado inimigo tenha dado o mesmo passo".

Os separatistas pró-Rússia, no entanto, disseram que concluíram a retirada de armamento de grande calibre em 1º de março.

Da mesma forma que todos os dias desde a entrada em vigor do cessar-fogo, Lisenko denunciou que os milicianos reforçam sua presença em alguns pontos da frente, incluídas as cercanias das cidades de Donetsk e Lugansk, principais redutos rebeldes, e Mariupol, no mar de Azov.

"As milícias estão se equipando com visores noturnos, para atuar de noite. E a Rússia ajuda de maneira ativa seus mercenários, trazendo armas e munição por ferrovia", afirmou Lisenko.

A retirada do armamento pesado da frente de batalha e a criação de uma faixa de segurança de pelo menos 50 quilômetros de largura livre de armamento pesado é o segundo ponto do acordo de Minsk.

Desde meados de fevereiro está em vigor na zona do conflito um cessar-fogo selado no novo acordo de Minsk após uma longa e dura negociação entre os presidentes da Ucrânia, Rússia, Alemanha e França.

Apesar da relativa calma, Kiev e os milicianos pró-Rússia se acusam todos os dias de contínuas violações do cessar-fogo.

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