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Ucrânia diz que impediu invasão russa e Moscou nega

Governo russo disse que a declaração de Kiev é um "conto de fadas"


	Poroshenko: assessor do presidente ucraniano disse que comboio militar russo se dirigiu para a fronteira
 (Anatolii Stepanov/AFP)

Poroshenko: assessor do presidente ucraniano disse que comboio militar russo se dirigiu para a fronteira (Anatolii Stepanov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2014 às 17h02.

Kiev - A Ucrânia disse neste sábado ter impedido uma tentativa da Rússia de enviar tropas para o país sob o disfarce de forças de paz com o objetivo de provocar um conflito militar em larga escala, uma declaração que Moscou qualificou como sendo um “conto de fadas”.

A Ucrânia já fez declarações similares sobre a agressão russa durante os meses de conflito com os separatistas, que diz serem apoiados por Moscou, na sua fronteira oriental com a Rússia. Nenhuma delas pode ser verificada de forma independente.

Um assessor do presidente ucraniano, Petro Poroshenko, disse que um grande comboio militar russo estava se dirigindo para a fronteira na sexta-feira a partir de um suposto acordo com a Cruz Vermelha, mas tinha parado depois de um apelo de Kiev para a Rússia.

Não ficou imediatamente claro de qual comboio o assessor de Poroshenko estava se referindo.

O Ministério da Defesa da Rússia disse na sexta-feira que tinha terminado seus exercícios militares no sul da Rússia, perto da fronteira com a Ucrânia, que os Estados Unidos haviam criticado como sendo provocação.

“Um grande comboio militar, acompanhado por soldados e equipamentos russos, estava se movendo em direção à fronteira ucraniana, supostamente devido a um acordo com a Cruz Vermelha,” disse Valery Chaly, vice-chefe da administração de Poroshenko.

Ninguém da Cruz Vermelha estava imediatamente disponível para comentar o assunto.

“Uma coluna humanitária com ‘soldados da Paz’ deveria entrar no território da Ucrânia, claramente para provocar um conflito em grande escala”, disse, de acordo com o serviço de imprensa da Presidência da Ucrânia.

Chaly disse que Poroshenko manteve conversas urgentes com seus chefes de segurança e líderes mundiais, embora não tenha especificado quais. O ministro das Relações Exteriores, Pavlo Klimkin, disse separadamente que ele tinha ligado para seu colega russo, Sergei Lavrov, que lhe garantiu que o comboio seria parado.

  Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, rejeitou a declaração de Chaly. "Cada dia Kiev está mais e mais inventiva na criação de contos de fada", disse, destacando que protocolos especiais precisam ser concluídos antes de tropas russas serem enviadas ao exterior. Dmitry Peskov, porta-voz do presidente russo Vladimir Putin, disse por telefone: "Nós não sabemos o que (os ucranianos) estão falando porque nada disso ocorreu".

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