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Ucrânia diz que hackers russos estão usando novos vírus

Chamados de "telebots", os vírus não são como os malwares convencionais, criados para roubar dados pessoais, eles atacam instituições específicas

Hackers: Kiev tem acusado a Rússia de travar uma "guerra virtual" na Ucrânia (./Thinkstock)

Hackers: Kiev tem acusado a Rússia de travar uma "guerra virtual" na Ucrânia (./Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 19h02.

Kiev - Hackers russos patrocinados pelo Kremlin estão usando um novo tipo de vírus para atacar a infraestrutura ucraniana, incluindo a rede elétrica e o sistema financeiro, afirmou nesta quarta-feira uma autoridade de segurança do governo da Ucrânia.

Chamados de "telebots", os novos vírus não são como os malwares convencionais, criados para roubar dados pessoais, por exemplo.

Em vez disso, eles foram desenvolvidos para atacar instituições específicas, disse o chefe do serviço de segurança da Ucrânia, Oleksandr Tkachuk, em coletiva de imprensa.

Tkachuk explicou que os ataques foram orquestrados pelo serviço de segurança da Rússia em conluio com empresas privadas de software e hackers criminosos.

De acordo com ele, os vírus parecem ter sido desenvolvidos pelas mesmas pessoas que criaram um malware chamado "BlackEnergy".

Kiev tem acusado a Rússia de travar uma "guerra virtual" na Ucrânia, depois que as relações entre os dois países entraram em colapso como resultado da anexação da Crimeia por Moscou, em 2014, e a onda de separatismo na região ucraniana de Donbass.

O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) não estava imediatamente disponível para comentar o assunto. A Rússia repetidas vezes negou as acusações de promover ataques virtuais, que também permearam a corrida presidencial norte-americana.

"Recebemos informação de que não apenas os funcionários dos serviços especiais da Rússia estão envolvidos nos ataques, mas também empresas privadas de tecnologia da informação e grupos criminosos de hackers do território da Federação Russa", afirmou Tkachuk.

A Ucrânia diz que está sendo alvo de crescentes ataques virtuais da Rússia, com 6.500 registrados só entre novembro e dezembro.

Em entrevista recente, o presidente Petro Poroshenko pediu uma resposta global liderada por Washington.

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