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Ucrânia deve aceitar diálogo para evitar abismo, diz Putin

O presidente russo disse que é preciso usar procedimentos democráticos e não as Forças Armadas


	O presidente russo Vladimir Putin durante a sessão de perguntas e respostas anual em Moscou: "considero muito importante o início das negociações hoje", disse
 (RIA-NOVOSTI/AFP)

O presidente russo Vladimir Putin durante a sessão de perguntas e respostas anual em Moscou: "considero muito importante o início das negociações hoje", disse (RIA-NOVOSTI/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2014 às 07h50.

Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que a única saída para as autoridades ucranianas é o "diálogo" e que o recurso à força leva o país ao "abismo".

"Só é possível colocar ordem no país por meio do diálogo, com procedimentos democráticos, e não utilizando as Forças Armadas, os tanques e a aviação", afirmou Putin durante uma sessão de perguntas e respostas exibidas pela televisão.

"Ao invés do diálogo (as autoridades ucranianas) começaram a ameaçar a ainda mais e enviaram os tanques e a aviação contra a população civil. É, mais uma vez, um crime grave dos que estão no poder em Kiev", completou.

Também mencionou as negociações desta quinta-feira em Genebra sobre a crise ucraniana, com participação de representantes da Rússia, Ucrânia, União Europeia e Estados Unidos.

"Considero muito importante o início das negociações hoje, porque na minha opinião é muito importante refletir juntos sobre uma solução para a crise, propor um verdadeiro diálogo", declarou.

"Espero que consigamos compreender o abismo para o qual se dirige o poder de Kiev e que arrasta com ele o país".

Ao ser questionado sobre o envolvimento das forças russas nos distúrbios na Ucrânia, Putin respondeu que "tudo isto não passa de bobagem".

"Não há unidades russas no leste da Ucrânia. Nem dos serviços especiais, nem de instrutores. Todos são habitantes locais", declarou.

Mas pouco depois, admitiu, pela primeira vez, que as Forças Armadas russas estiveram na Crimeia durante o referendo de março, que permitiu a anexação da península ucraniana à Rússia.

"Por trás das forças de autodefesa da Crimeia certamente estavam nossos militares. Se comportaram de forma muito correta. Era necessário proteger as pessoas", disse.

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