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Ucrânia critica postura da Rússia sobre votação de rebeldes

Ucrânia considerou "destruidora e provocativa" a postura da Rússia em relação à votação organizada pelos rebeldes separatistas

Bandeiras da autoproclamada República Popular de Donetsk em memorial de guerra no centro de Donetsk (Maxim Zmeyev/Reuters)

Bandeiras da autoproclamada República Popular de Donetsk em memorial de guerra no centro de Donetsk (Maxim Zmeyev/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 16h19.

Kiev - A Ucrânia considerou nesta terça-feira "destruidora e provocativa" a postura da Rússia em relação à votação organizada pelos rebeldes separatistas pró-russos do leste ucraniano para o próximo domingo, dizendo que o reconhecimento do pleito por parte de Moscou pode arruinar as chances de se obter a paz.

A votação de 2 de novembro será levada a cabo em desafio às eleições nacionais ucranianas do domingo passado vencidas por partidos pró-Ocidente, dedicados a manter a coesão da ex-república soviética e negociar um desfecho para o conflito.

Em uma entrevista à mídia russa, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse que o pleito que está sendo organizado pelas autoproclamadas “repúblicas populares” de Donetsk e Luhansk “seria importante do ponto de vista da legitimação do poder”.

“Esperamos que as eleições sejam realizadas como o planejado, e é claro que reconheceremos os resultados”, afirmou Lavrov ao jornal Izvestia e à rede de televisão LifeNews.

Em Kiev, o porta-voz do chanceler ucraniano declarou: “Os comentários absolutamente destruidores e provocativos dos representantes russos, incluindo os do ministro das Relações Exteriores, serão interpretados pelos terroristas como um incentivo da Rússia para que realizem as eleições ilegais de 2 de novembro.”

“O Kremlin está piorando a situação conscientemente... Em uma situação tão extraordinariamente frágil, esta é uma medida irresponsável da Rússia que pode ameaçar o processo de paz”, disse Yevhen Perebynis em um comunicado.

A desavença tensionou ainda mais o cabo de guerra entre a Rússia e o Ocidente quanto ao futuro da Ucrânia.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, cujo grupo foi um dos grandes vencedores do pleito parlamentar, também se posicionou contra as "pseudo-eleições" planejadas pelos rebeldes.

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