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Ucrânia autoriza militares na Crimeia a utilizarem armas

Nota do Ministério da Defesa da Ucrânia diz que "o uso de armas aos destacamentos das Forças Armadas da Ucrânia na Crimeia" está autorizado


	Mulher celebra resultados preliminares de referendo sobre união da Crimeia à Rússia: república da Crimeia foi anexada nesta terça-feira à Rússia por meio de um tratado assinado no Kremlin (REUTERS/David Mdzinarishvili)

Mulher celebra resultados preliminares de referendo sobre união da Crimeia à Rússia: república da Crimeia foi anexada nesta terça-feira à Rússia por meio de um tratado assinado no Kremlin (REUTERS/David Mdzinarishvili)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 14h01.

Moscou - O Ministério da Defesa da Ucrânia, por meio de um comunicado, autorizou nesta terça-feira os militares desdobrados na região autônoma da Crimeia, anexada horas antes à Rússia mediante um tratado assinado no Kremlin, a utilizarem suas armas.

'De acordo com uma decisão do comandante-em-chefe Supremo das Forças Armadas da Ucrânia e do ministro de Defesa, e com base na ordem do chefe do Estado-Maior, autoriza-se o uso de armas aos destacamentos das Forças Armadas da Ucrânia na Crimeia', assinala o departamento em comunicado.

A decisão foi tomada depois da morte do suboficial ucraniano S. Kakurin durante o assalto de tropas supostamente russas a uma unidade militar de cartografia em Simferopol, capital da autonomia ucraniana declarada hoje pelo Kremlin parte da Rússia. O Ministério da Defesa explica que o soldado morreu com um tiro no coração. Outros dois militares ucranianos ficaram feridos no ataque.

'Os agressores usavam uniformes das Forças Armadas da Federação Russa sem distintivos e armados com fuzis de assalto e uma espingarda de franco-atirador', acrescenta a nota.

O comandante da unidade, coronel Andrei Andryushin, teria sido retido pelos assaltantes, segundo as autoridades ucranianas.

De acordo com o porta-voz do Ministério do Interior ucraniano na Crimeia, Vladislav Seleznyov, 'todos os militares (da base) foram detidos e lhes tiraram os documentos e o dinheiro'.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin; o primeiro-ministro da Crimeia, Sergei Axionov; o chefe do parlamento, Vladimir Konstantinov; e o chefe da cidade de Sebastopol, Alexei Chali, que se integrará à Rússia como cidade federada, assinaram o acordo de anexação no Kremlin.

Para a Rússia, após a assinatura do termo, tanto a Crimeia quanto Sebastopol, onde tem sua base a Frota do Mar Negro, se transformaram automaticamente em sujeitos da Federação Russa. A Crimeia tem cerca de dois milhões de habitantes, dos quais cerca de 60% são russo, 24% ucraniano e 12% tártaro.

Atualizada às 16:38

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