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Ucrânia apresentará a Merkel propostas para reduzir conflito

Na reunião será discutido o cumprimento dos acordos de paz de Minsk, ameaçados por intensificação dos combates e uso pelos dois lados de armamento pesado


	Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko: comando militar ucraniano denunciou nas últimas semanas várias violações do cessar-fogo pelas forças separatistas
 (Valentyn Ogirenko/Reuters)

Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko: comando militar ucraniano denunciou nas últimas semanas várias violações do cessar-fogo pelas forças separatistas (Valentyn Ogirenko/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2015 às 10h29.

Kiev - O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, apresentará propostas para evitar uma escalada da violência no leste do país em uma reunião na segunda-feira em Berlim com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, François Hollande.

"Poroshenko tem intenção de informar seus colegas sobre a situação na região e apresentar propostas para evitar uma espiral negativa no Donbass", informou a presidência ucraniana nesta quarta-feira em comunicado.

Durante a reunião será discutido o cumprimento dos acordos de paz de Minsk, ameaçados pelo intensificação dos combates e o uso pelos dois lados de armamento pesado, como constatou a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

Nos últimos dias, o líder ucraniano pediu à Europa que pare o presidente russo, Vladimir Putin, que teria desdobrado mais de nove mil soldados militares nas regiões de Donetsk e Lugansk, acusou Poroshenko.

O comando militar ucraniano denunciou nas últimas semanas várias violações do cessar-fogo pelas forças separatistas.

O governo alemão rotulou esta semana de "explosiva" a situação no leste da Ucrânia, mas reafirmou que os acordos de Minsk assinados em 12 de fevereiro são o único roteiro viável para a paz.

Já o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, tachou a situação de "preocupante" e admitiu que, em vez da linha de separação de forças, no leste da Ucrânia volte a existir uma frente.

No entanto, culpou a Ucrânia pelos renovados combates na região e pela falta de acordo nas recentes negociações de Minsk para a retirada do armamento de menos de 100 milímetros de calibre do front.

Poroshenko também deve se reunir antes do fim deste mês com o presidente de Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

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