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Ucrânia acusa Rússia por ciberataque ao governo alemão

Ataque virtual incluiu páginas da Internet de Merkel e do Parlamento alemão


	Arseny Yatseniuk: "recomendo fortemente que os serviços secretos russos parem de gastar o dinheiro do contribuinte em ataques cibernéticos contra o Bundestag e o gabinete da chanceler Angela Merkel"
 (Andrew Kravchenko/Reuters)

Arseny Yatseniuk: "recomendo fortemente que os serviços secretos russos parem de gastar o dinheiro do contribuinte em ataques cibernéticos contra o Bundestag e o gabinete da chanceler Angela Merkel" (Andrew Kravchenko/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2015 às 10h37.

Berlim - O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseny Yatseniuk, culpou a inteligência russa, nesta quinta-feira, por um ataque de hackers contra sites do governo alemão, pelo qual um grupo pró-Rússia assumiu a responsabilidade.

O ataque na quarta-feira ocorreu antes de Yatseniuk se reunir com a chanceler alemã, Angela Merkel. O grupo russo exigiu o fim do apoio da Alemanha ao governo ucraniano.

"Eu recomendo fortemente que os serviços secretos russos parem de gastar o dinheiro do contribuinte em ataques cibernéticos contra o Bundestag e o gabinete da chanceler Angela Merkel", disse Yatseniuk à TV ZDF, quando lhe perguntaram se hackers pró-russos da Ucrânia tinham sido os responsáveis pela ação.

O ataque incluiu páginas da Internet de Merkel e do Parlamento alemão. O porta-voz de Merkel, Steffen Seibbert, disse que foram tomadas medidas contra a ação dos hackers, mas não foi possível impedir o ataque, o que deixou os sites inacessíveis a partir de 10h na quarta-feira até a noite.

Em um comunicado em seu site, um grupo que se denomina CyberBerkut assumiu a responsabilidade. "Berkut" refere-se aos esquadrões que provocavam distúrbios, formados pelo governo do ex-presidente da Ucrânia pró-russo Viktor Yanukovich, deposto após protestos violentos em fevereiro passado. A alegação não pôde ser verificada.

Acredita-se que esse tenha sido o primeiro ataque prolongado bem-sucedido contra sites do governo alemão, que as agências de inteligência dizem enfrentar cerca de 3.000 dessas invasões diariamente.

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