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Ucrânia abandona sala durante discurso de Putin na ONU

Presidente da Ucrânia foi um dos membros da delegação do país que se negou a escutar o discurso do presidente russo como protesto


	Os lugares da Ucrânia vazios após a delegação abandonar a sala da Assembleia Geral da ONU antes do discurso de Vladimir Putin
 (REUTERS/Carlo Allegri)

Os lugares da Ucrânia vazios após a delegação abandonar a sala da Assembleia Geral da ONU antes do discurso de Vladimir Putin (REUTERS/Carlo Allegri)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2015 às 16h46.

Moscou - A delegação da Ucrânia presente na Assembleia Geral da ONU nesta segunda-feira abandonou a principal sala do evento quando o presidente da Rússia, Vladimir Putin, iniciou seu discurso.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, foi um dos membros da delegação do país que se negou a escutar o discurso de Putin como forma de protesto.

O embaixador ucraniano na ONU, Yuriy Sergeyev, disse em sua conta no Twitter que uma bandeira da cidade de Ilovaisk foi colocada no balcão em frente a Putin para lembrar as centenas de soldados ucranianos que morreram em uma batalha ocorrida em agosto de 2014 no local, após não resistirem a um cerco estabelecido pelos separatistas.

"Que ele veja", acrescentou o diplomata em sinal de protesto à suposta participação de soldados russos no grupo insurgente que tenta a independência do leste da Ucrânia.

Antes do protesto ucraniano, o representante russo na ONU, Vitaly Churkin, também decidiu abandonar o local durante o discurso de Poroshenk, afirmou Sergeyev.

Putin afirmou hoje que a Ucrânia não poderá garantir sua integridade territorial pela força das armas.

E recomendou a Kiev que leve em conta os interesses da população que fala russo nas regiões de Donetsk e Lugansk.

O presidente russo ressaltou que o cumprimento dos acordos de paz de Minsk, assinados em fevereiro de 2015, é a principal condição para solucionar o conflito ucraniano.

Além disso, acusou o Ocidente de provocar em fevereiro de 2014 um golpe de Estado na Ucrânia, aproveitando o descontentamento social contra o então presidente, Viktor Yanukovich, o que provocou uma "guerra civil", disse. 

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