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Turquia vive dia de greve após noite com mais de 500 detidos

Em Istambul, os detidos, entre os quais estão um cidadão britânico e vários jornalistas turcos, foram levados para a praça Taksim e fechados em um ônibus da Polícia

Manifestante é atingido por jato d'água durante protesto na Turquia (REUTERS/Dado Ruvic)

Manifestante é atingido por jato d'água durante protesto na Turquia (REUTERS/Dado Ruvic)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2013 às 06h26.

Ancara - Os confrontos entre manifestantes e a Polícia em várias cidades da Turquia acabaram esta noite com mais de 500 pessoas detidas, enquanto vários sindicatos turcos preparam para hoje um dia de greves contra do Governo.

Em Istambul, Ancara e várias outras cidades do país os manifestantes enfrentaram as forças da ordem até altas horas da madrugada, informa a imprensa local.

Segundo o Colégio de Advogados de Istambul, só em Istambul cerca de 390 pessoas foram detidas, enquanto na capital a Polícia deteve outras 150 pessoas, assegura a versão eletrônica do jornal "Hürriyet".

Segundo acrescenta o portal opositor de notícias "Sendika", policiais vestidos à paisana participaram em Ancara na repressão com gás lacrimogêneo e canhões de água a pressão, deixando pelo menos oito pessoas feridas.

Os manifestantes no centro da capital turca gritaram palavras de ordem como "Revolta, Revolução, Liberdade" e "Ditador Renuncie já".

Em Istambul, os detidos, entre os quais estão um cidadão britânico e vários jornalistas turcos, foram levados para a praça Taksim e fechados em um ônibus da Polícia, assegura o "Hürriyet".

A organização de direitos humanos Anistia Internacional pediu ao Governo turco para que ponha fim à falta de comunicação com os detidos e lhes permita ligar para seus advogados.

Também em outras cidades do país houve violentos confrontos como em Adana, no sul do país, onde dezenas de pessoas ficaram feridas e pelo menos duas foram detidas, segundo o "Sendika".

Para hoje, os principais sindicatos do país, como o de funcionários públicos KESK e o conselho de médicos e a união de engenheiros, preparam um dia de greves, que paralisarão parte da vida pública do país.

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