Equipes de resgate trabalham nas buscas por desaparecidos e mortos na Turquia (Adem Altan/AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2011 às 14h38.
Paris - O terremoto de 7,2 graus de magnitude que sacudiu domingo a província de Van, no leste da Turquia, provocando mais de 250 mortes, chama a atenção para o fato de o país estar situado em uma das regiões do mundo com maior atividade sísmica.
A Turquia fica espremida entre duas placas tectônicas - a da Eurásia, ao norte, e a da África-Arábia ao sul -, que se atritam uma sobre a outra, segundo o Instituto Francês de Física Global (IPGP), sediado em Paris.
O terremoto de domingo ocorreu na falha oriental da Anatólia, onde uma placa na forma de seta, abrangendo a Península Arábica, parte do sudeste da Turquia e do Iraque, força sua entrada sob a placa da Eurásia, em uma velocidade média de 2,4 centímetros por ano.
Esta mesma falha teria provocado o terremoto de Spitak, que sacudiu a Armênia em 1988, um evento de 6,9 graus de magnitude que matou mais de 20 mil pessoas.
Em 1976, várias cidades na fronteira turco-iraniana foram sacudidas por um sismo de 7,3 graus de magnitude, registrado a 70 km do tremor deste domingo.
A outra grande frente sísmica da Turquia se situa na falha setentrional da Anatólia, onde foram registrados vários tremores no último século ao longo de quase toda a sua extensão.
Um terremoto de 7,8 graus de magnitude, ocorrido em 1939 em Erzincan, matou cerca de 33 mil pessoas, e o terremoto de Izmir, em 1999, com magnitude calculada entre 7,6 e 7,7 graus, deixou 17.000 mortos e 50.000 feridos, além de cerca de meio milhão de desabrigados.