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Turquia tem áudios do momento em que Khashoggi foi assassinado, diz jornal

O governo turco teria dois áudios do momento em que o jornalista Khashoggi foi assassinado na embaixada saudita na Turquia

Khashoggi: no áudio é possível ver os assassinos repassando o plano, diz jornal (Osman Orsal/Reuters)

Khashoggi: no áudio é possível ver os assassinos repassando o plano, diz jornal (Osman Orsal/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de novembro de 2018 às 06h31.

Ancara - O governo da Turquia dispõe de duas gravações de áudio da morte do jornalista opositor saudita Jamal Khashoggi, assegurou nesta sexta-feira um jornalista do jornal "Hürriyet" com fontes no Executivo.

Uma das gravações consiste em um áudio de sete minutos tomados durante o assassinato, no qual se escutam gritos do repórter enquanto é estrangulado, supostamente com uma corda ou um saco plástico.

O segundo áudio são 15 minutos de conversa entre os 15 agentes sauditas que chegaram a Istambul no mesmo dia em que Khashoggi foi assassinado no consulado do seu país, 2 de outubro.

Essa gravação corresponderia aos minutos prévios à entrada do repórter saudita na legação diplomática.

"Aproximadamente 15 minutos antes que Khashoggi chegasse (ao consulado) estão falando entre eles sobre como realizar o assassinato. Repassam o plano preparado e lembram as responsabilidades (de cada um)", afirmou o jornalista Abdukladir Selvi no "Hürriyet".

O jornalista também destacou que o governo turco dispõe dos registros telefônicos dos 15 suspeitos e que esta informação contradiz a versão das autoridades sauditas sobre a ausência de uma ordem superior para executar o assassinato.

O procurador-geral saudita anunciou ontem o pedido de pena de morte para cinco dos 18 acusados do assassinato de Khashoggi e voltou a assegurar que a morte do jornalista aconteceu por causa de uma "briga".

O ministro das Relações Exteriores turco, Mevlüt Çavusoglu, ressaltou que a versão de Riad lhe parecia contraditória e insistiu que se tratava de um assassinato premeditado e planejado.

Çavusoglu propôs na quarta-feira uma investigação internacional do caso, algo que Riad rejeitou.

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