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Turquia suspende ou demite 81 mil funcionários públicos

O número de trabalhadores do setor público que foi demitido ou suspenso do cargo após a fracassada tentativa de golpe militar de 15 de julho passa de 81 mil


	Militares são presos após tentativa de golpe na Turquia: com histórico de golpes militares, país vive momento de tensão e instabilidade
 (Getty Images / Stringer)

Militares são presos após tentativa de golpe na Turquia: com histórico de golpes militares, país vive momento de tensão e instabilidade (Getty Images / Stringer)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2016 às 13h19.

Istambul - O número total de trabalhadores do setor público da Turquia que foi demitido ou suspenso do cargo após a fracassada tentativa de golpe militar de 15 de julho passa de 81 mil, anunciou neste sábado o primeiro-ministro Binali Yildirim.

"Foram suspensas do cargo 76.597 pessoas. Outras 4.897 foram expulsas de seu posto de funcionário. Destas, mais de 3.000 são militares, entre as demais há tanto juízes como outros funcionários civis. Somando suspensos e expulsos, o total é de 81.494 pessoas", informou.

Sobre todos os funcionários suspensos pesa a suspeita de manter laços com a confraria do clérigo Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos e a quem Ancara acusa de ter instigadado o golpe, embora ele o nega.

Os membros da confraria "têm redes de comunicações particulares que eles mesmos criaram", disse Yildirim durante seu discurso, transmitido pela "NTV".

"Estabeleceram uma infraestrutura de comunicação que ninguém mais pode utilizar. Nesta infraestrutura de comunicação há mais de 50.000 nomes. estamos atrás destes", declarou o primeiro-ministro.

Embora as demissões em massa depois do golpe tenham causado preocupação em vários setores da sociedade, a oposição esquerdista argumenta que, "por enquanto", a grande maioria dos suspensos é de pessoas de âmbitos aparentemente próximos à confraria.

Em Ancara, as demissões só afetou "pouco mais de cem" de funcionários manifestamente esquerdistas e sem ligação com Gülen, disse à Efe o presidente do partido esquerdista e pró-curdo HDP, Selahattin Demirtas, na semana passada.

Grande parte dos funcionários suspensos é ligada do Ministério da Educação, que afastou do cargo 15.200 funcionários, além de anular as licenças de 21 mil professores. 

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