Armas: se a Turquia fornecer assistência militar para Trípoli, outros países da região podem incrementar a ajuda, o que deve provocar um acirramento do conflito (Mustafa Kamaci/Presidential Press Office/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 22 de dezembro de 2019 às 12h35.
O parlamento turco aprovou neste sábado (21) um acordo militar com o governo interino da Líbia, que conta com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU).
O acordo permite à Turquia fornecer armas, conduzir treinamento militar e oferecer consultoria militar.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que seu país está pronto para auxiliar, caso seja requisitado pelo governo interino da Líbia, liderado pelo primeiro-ministro Fayez al-Serraj.
As forças do governo interino, que controla a parte oeste do país, inclusive a capital, Trípoli, têm combatido tropas lideradas pelo general Khalifa Haftar, ao leste. Mais de mil pessoas, incluindo civis, teriam morrido desde abril.
A Líbia permanece dividida desde que Muammar al-Gadhafi, líder de longa data do regime, foi deposto em 2011. A ONU proíbe a exportação de armas para a Líbia.
Fontes informam que, se a Turquia fornecer assistência militar para Trípoli, outros países da região que auxiliam as forças no leste, podem incrementar a ajuda, o que deve provocar um acirramento do conflito.