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Turquia reconhece "lamento" da Síria por disparos

"Reconheceram e prometeram que isto não voltará a acontecer, e isto está bem", disse à imprensa em Ancara o vice-primeiro-ministro turco, Besir Atalay

Parlamento da Turquia decide sobre guerra com Síria: "Não é uma moção a favor da guerra. Aprovamos a medida caso necessitemos no futuro", disse o vice-premiê (REUTERS)

Parlamento da Turquia decide sobre guerra com Síria: "Não é uma moção a favor da guerra. Aprovamos a medida caso necessitemos no futuro", disse o vice-premiê (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2012 às 14h01.

Ancara - O governo da Turquia já tem em suas mãos a permissão parlamentar para enviar tropas à Síria, mas diminuiu a tensão nesta quinta-feira ao reconhecer que o regime de Damasco lamentou o ataque contra o território turco ocorrido ontem.

"Reconheceram e prometeram que isto não voltará a acontecer, e isto está bem", disse à imprensa em Ancara o vice-primeiro-ministro turco, Besir Atalay, em referência ao projétil que atingiu um povoado turco e deixou cinco mortos e 13 feridos.

"A ONU intermediou, falou ontem à noite com a Síria e houve esta declaração", contou o vice-primeiro-ministro, momentos depois da aprovação da moção do Parlamento que autoriza o governo a enviar tropas "a países estrangeiros".

A moção dá carta branca ao governo e atribui às Forças Armadas sírias a responsabilidade pelas ações militares que levaram ao que o texto qualifica de "ataque abjeto".

"Não é uma moção a favor da guerra. Aprovamos a medida caso necessitemos no futuro; tem uma função dissuasória", explicou o vice-primeiro-ministro Besir Atalay ao canal "NTV".

Atalay ressaltou que a Turquia tomaria todas suas decisões em relação ao conflito sírio em coordenação com a comunidade internacional.

"A decisão que a Otan tomar será muito importante. As declarações de outros países e da ONU estão em primeira linha", assegurou o representante turco. 

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