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Turquia questiona eficácia de proibição a eletrônicos em aviões

Segundo o ministro turco das Relações Exteriores, "seria mais saudável adotar medidas contra as pessoas que representam uma ameaça"

Passageira: Ancara já solicitou ao governo americano que volte atrás na decisão (Anwar Amro/AFP)

Passageira: Ancara já solicitou ao governo americano que volte atrás na decisão (Anwar Amro/AFP)

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AFP

Publicado em 22 de março de 2017 às 11h52.

O ministro turco das Relações Exteriores questionou nesta quarta-feira a eficácia da decisão americana de proibir computadores portáteis e tablets em alguns voos, incluindo os que partem de Istambul, e afirmou que a medida prejudica os passageiros.

"Se há preocupação a respeito da segurança, nossos funcionários devem se reunir e adotar medidas em conjunto. Este assunto não pode funcionar apenas com proibições. Um terrorista do Daesh (acrônimo árabe do grupo Estado Islâmico) pode embarcar em qualquer local", afirmou o ministro Mevlüt Cavusoglu.

"Em vez de punir os passageiros normais, seria mais saudável adotar medidas contra as pessoas que representam uma ameaça", completou Cavusoglu, que estava em Washington.

Ancara já solicitou ao governo americano, por meio do ministro dos Transportes, que volte atrás na decisão.

As autoridades americanas proibiram a presença de computadores portáteis e tablets entre os passageiros de nove companhias aéreas que decolam de 10 aeroportos de países árabes e da Turquia, alegando o risco de atentados "terroristas".

Laptops, tablets e aparelhos de video game maiores que um telefone celular devem ser despachados com a bagagem.

Os oito países com aeroportos e companhias afetados pela medida são aliados ou sócios dos Estados Unidos: Turquia, Jordânia, Egito, Arábia Saudita, Kuwait, Catar, Emirados Árabes Unidos e Marrocos.

Após o anúncio de Washington, o governo britânico adotou uma medida idêntica que afeta Turquia, Líbano, Jordânia, Egito, Tunísia e Arábia Saudita, e que será aplicada a todos os voos diretos procedentes destes países com destino ao Reino Unido.

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