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Turquia quer que Otan também opere na Líbia

País não deseja que se repita os mesmos erros do Afeganistão e do Iraque

Erdogan, premiê turco: Otan atuaria ao lado da União Africana e da Liga Árabe (Oli Scarff/Getty Images)

Erdogan, premiê turco: Otan atuaria ao lado da União Africana e da Liga Árabe (Oli Scarff/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2011 às 12h08.

Istambul - O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou nesta sexta-feira que o país quer que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) comande as operações militares contra a Líbia junto à Liga Árabe e à União Africana (UA) "para não cometer os mesmos erros que no Afeganistão e no Iraque".

Em declarações à imprensa em Istambul, Erdogan considerou "positivo" que a França, país com o qual a Turquia manteve divergências sobre o modo de conduzir as operações na Líbia, fique de "fora de jogo" neste tema.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, não convidou os dirigentes turcos a participarem da Cúpula de Paris para decidir sobre como seriam realizados os ataques à Líbia, o que aumentou as críticas de Ancara.

Nesta quinta-feira, o primeiro-ministro turco acusou os dirigentes franceses que, na Líbia, "só interessa o petróleo".

"A nossos amigos do Ocidente, recomendo que, quando olharem ao leste e ao sul, observem as crianças que passam fome, as mães que sofrem e as mulheres que sofrem abusos. Que não observem apenas o petróleo e as riquezas do subsolo", criticou o premiê.

Por isso, Erdogan asseverou nesta sexta-feira que a Turquia não abandonará a Líbia no que se refere à ajuda humanitária.

Além disso, o primeiro-ministro turco reiterou que, para a Turquia, é essencial que se mantenha "a integridade territorial" da Líbia.

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