Mundo

Turquia prende funcionários investigados por tentativa de golpe

Ancara acusa a rede do clérigo que mora nos EUA de orquestrar uma tentativa de golpe de estado em julho do ano passado

Turquia: mandados de prisão foram emitidos para 60 funcionários ligados ao Ministério de Energia e 25 membros do Ministério de Educação (Murad Sezer/Reuters)

Turquia: mandados de prisão foram emitidos para 60 funcionários ligados ao Ministério de Energia e 25 membros do Ministério de Educação (Murad Sezer/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 16 de maio de 2017 às 11h49.

A Turquia deteve dezenas de membros dos ministérios de Energia e Educação nesta terça-feira em uma investigação mirando a rede do clérigo que mora nos Estados Unidos acusado por Ancara de orquestrar uma tentativa de golpe em julho do ano passado, informou a mídia estatal.

Aproximadamente 50 mil pessoas foram formalmente presas em casos na Justiça voltados para seguidores do clérigo Fethullah Gulen.

O presidente Tayyip Erdogan, que vai encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington, nesta terça-feira, está buscando a extradição de Gulen.

Mandados de prisão foram emitidos para 60 funcionários ligados ao Ministério de Energia e 25 membros do Ministério de Educação, e aproximadamente 40 já foram detidos, informou a agência de notícias estatal Anadolu. Muitos dos funcionários já haviam sido dispensados de seus cargos anteriormente.

A Anadolu disse que se acredita que os suspeitos eram usuários do Bylock, um aplicativo de mensagens criptografadas que o governo diz ter sido usado pelos seguidores de Gulen.

Os mandados de prisão vêm após uma corte prender na segunda-feira o editor online do jornal de oposição Cumhuriyet, que está aguardando o julgamento sob a acusação de difundir propaganda terrorista, informou o jornal.

Acompanhe tudo sobre:PrisõesTayyip ErdoganTurquia

Mais de Mundo

O que é PETN, químico altamente explosivo que pode ter sido usado em pagers do Hezbollah

Novo centro de processamento de minerais vai fazer com que o Canadá dependa menos da China

Biden diz a Trump que os migrantes são o "sangue" dos Estados Unidos